Apesar do crescimento das entregas de leite da UE na primavera, as previsões indicam uma queda na segunda metade do ano.
De acordo com as últimas estimativas, a produção global de leite deve estabilizar em 2023 nas principais regiões produtoras, crescendo apenas 0,1% ano a ano. Esta é uma pequena revisão para baixo das expectativas do início do ano, que estavam em um crescimento de apenas 0,2%.
Essas estimativas podem ser um pouco pessimistas, já que a produção no acumulado do ano nas principais regiões aumentou 0,8% em relação ao ano anterior, embora seja provável que a queda dos preços e as condições climáticas difíceis em muitas regiões prejudiquem o desempenho na segunda metade do ano, refletidas nas estimativas finais.
Estima-se que os EUA (0,8%), Reino Unido (0,3%) e Nova Zelândia (2,0%) registrem algum crescimento. As expectativas para os EUA permanecem razoavelmente animadas com um crescimento de 0,8% devido ao tamanho do rebanho maior do que o esperado. A Nova Zelândia teve condições favoráveis de pastagem no início do ano e forte produção de leite até agora, apesar da contínua redução do rebanho. As expectativas para o Reino Unido para o ano civil de 2023 devem aumentar 0,3% em relação ao ano passado, apesar da queda dos preços e do estreitamento das margens.
Apesar do crescimento das entregas de leite da UE na primavera, as previsões indicam uma queda na segunda metade do ano devido ao aumento dos abates impulsionados pela queda dos preços do leite e altos custos de insumos com uma redução de -0,2%. Tanto a Austrália quanto a Argentina estimam quedas na produção de leite de 3,0%.
O menor crescimento da produção global pode não ser suficiente para sustentar os preços, devido ao esperado declínio contínuo na demanda global.
Fonte: Agriculture and Horticulture Development Board
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