Prevenção contra mosca-branca é essencial para manter números expressivos na produção de tomate

Safra brasileira registrou crescimento em 2024 e o uso de defensivos agrícolas garante maior produtividade

O cultivo de tomates no Brasil alcançou resultados expressivos em 2024, consolidando o país como um dos maiores produtores mundiais da hortaliça. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam que a produção nacional foi de 4,7 milhões de toneladas, um crescimento de 19,2% em comparação com 2023, além de um aumento de 10,6% na área colhida, o equivalente a 3.543 hectares. Esse avanço é reflexo do combate constante a pragas e doenças, como a mosca-branca.

As lavouras, como explica o Gerente de Assuntos Regulatórios do Sindiveg, Fábio Kagi, exigem investimentos substanciais para combater pragas que afetam tanto a produtividade quanto a qualidade dos frutos. A mosca-branca, em particular, é prejudicial, pois se alimenta diretamente dos tomates, podendo comprometer a colheita de forma alarmante se medidas de controle não forem adotadas.

“O Brasil figura entre os maiores produtores de tomate do mundo, mas, assim como outras culturas, está vulnerável a ataques de pragas e doenças. Por isso, os produtores incluem em seus custos as ações necessárias para o controle dessas ameaças”, destaca Kagi, ressaltando que, no caso da mosca-branca, é crucial implementar cuidados preventivos contínuos, desde o período anterior ao plantio até a colheita.

A mosca-branca ataca mais de 700 espécies de plantas, com destaque para o tomate, que é particularmente afetado por uma série de fatores. Entre os danos diretos, estão a sucção de seiva, que pode ser fatal em infestações severas, e a liberação de toxinas pelo inseto, que interfere no amadurecimento dos frutos, tornando-o irregular. Outro problema é a excreção de substâncias açucaradas, que favorecem o desenvolvimento de fumagina, um fungo que prejudica a fotossíntese e afeta a qualidade do produto. Além disso, a mosca-branca transmite vírus que causam nanismo, enrugamento das folhas e o amarelecimento das plantas.

Para minimizar esses riscos, Kagi recomenda a adoção de estratégias de manejo integrado. Entre as ações sugeridas estão o monitoramento constante das lavouras, a rotação de culturas e a aplicação responsável de defensivos agrícolas. “Quando essas práticas são executadas de forma adequada e com o auxílio de técnicos especializados, é possível controlar a população da mosca-branca, reduzindo os danos e garantindo a sustentabilidade da produção. Como é uma praga que ataca a planta também quando já existem os frutos, é importante olhar com atenção o intervalo de segurança na bula do produto”, conclui o gerente do Sindiveg.

Sobre o Sindiveg

Há mais de 80 anos, o Sindiveg – Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal atua no Brasil representando o mercado de defensivos agrícolas, com suas 23 associadas, e dando voz legalmente à indústria de produtos de defesa vegetal em todo o território nacional. O Sindicato tem como propósito a promoção da produção agrícola de forma consciente, com o uso correto dos defensivos, bem como apoiar o setor no desenvolvimento de pesquisas e estudos científicos, na promoção do uso consciente de defensivos agrícolas, sempre respeitando as leis, a sociedade e o meio ambiente. Mais informações: www.sindiveg.com.br.

VEJA MAIS:

ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Ana Gusmão sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira

Quer ficar por dentro do agronegócio brasileiro e receber as principais notícias do setor em primeira mão? Para isso é só entrar em nosso grupo do WhatsApp (clique aqui) ou Telegram (clique aqui). Você também pode assinar nosso feed pelo Google Notícias

Não é permitida a cópia integral do conteúdo acima. A reprodução parcial é autorizada apenas na forma de citação e com link para o conteúdo na íntegra. Plágio é crime de acordo com a Lei 9610/98.

Siga o Compre Rural no Google News e acompanhe nossos destaques.
LEIA TAMBÉM