É muito importante evitar que os bovinos bebam água “suja”, água lamacenta ou de fontes que possam estar contaminadas por substâncias que irão afetar o rendimento do animal.
Fernando Loureiro Lima* – Em visita a propriedade rural, pudemos constatar “invernadas” muito grandes, compridas e com declive acentuado, e a aguada, que eram açudes, sempre em uma das pontas, a da parte mais baixa da invernada, onde se acumula a água da chuva.
Avaliamos ainda que a utilização do pasto era desuniforme, sofrendo super-pastejo próximo ao açude, e ainda sobras de pasto na parte oposta ao mesmo, na parte alta.
Os animais encontraram uma opção para tantas caminhadas durante o dia, indo e voltando, subindo e descendo para beber água, que foram essas poças formadas no meio do pasto, feitas por erosão ou até como forma de conter a mesma, com “curvas de nível”.
O problema é que ao beber essa água lamacenta, que pode conter também fezes, urina e restos de animais silvestres mortos, e muitos ovos de parasitas, a criação acaba por consumir menos água que necessita para obter o máximo desempenho, e tem ainda comprometida a ingestão de matéria-seca, ou seja, de pasto e suplementos, de nutrientes importantes da dieta total que deveriam proporcionar ganho de peso.
Bovinos preferem naturalmente água limpa para beber, e como já diz o ditado: – “boi lerdo bebe água suja”, e bebendo água suja, o desempenho cai. Uma solução efetiva para essa situação é a instalação de bebedouros artificiais, em locais estratégicos, bem posicionados, mais centrais nas invernadas, facilitando acesso com menores deslocamentos, e que podem fornecer água limpa e de qualidade conhecida, e possam ser limpos com frequência, ficando livres de fezes, urina e restos de animais mortos.
(*)Fernando Loureiro é médico veterinário e diretor da Rubber Tank Brasil, empresa especializada em bebedouros recicláveis.
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