A interdição cautelar prevê a suspensão de todas as atividades no frigorífico por 15 dias. Confira o que diz a JBS sobre a situação e como ficam as atividades!
Com retomada do funcionamento prevista para este sábado (9), a Prefeitura de Passo Fundo emitiu uma interdição cautelar com a suspensão de todas as atividades no frigorífico JBS, por 15 dias a partir desta quinta-feira (7).
A medida é fundamentada no entendimento da Vigilância em Saúde do Município de que foram desrespeitadas regras sanitárias e epidemiológicas, o que pode colocar em risco a saúde de toda a população. Ainda no entendimento da Vigilância, a empresa deveria providenciar monitoramento de todos os trabalhadores afastados, o que não teria ocorrido.
A interdição municipal não tem relação com a decisão da Justiça do Trabalho, que trata da relação entre empregados e a empresa. A interdição municipal trata da busca da proteção de toda a população.
Histórico
A unidade da JBS em Passo Fundo foi totalmente interditada no dia 24 de abril, após fiscalização da Subsecretaria de Inspeção do Trabalho, órgão vinculado ao Ministério da Economia.
O motivo da interdição foi o fato de o frigorífico ter se tornado um foco de coronavírus com 19 trabalhadores testados positivos para a doença.
Junto a isso, o Ministério Público do Trabalho também abriu inquérito devido a facilidade de contaminações entre funcionários pela falta de cuidados. O número de infectados por coronavírus entre os funcionários ainda subiu para 48.
O juiz do trabalho da 2ª Vara do Trabalho de Passo Fundo, Luciano Ricardo Cembranel, determinou na segunda-feira (04) que a JBS poderia retomar a partir deste sábado (09).
- ‘Boicote ao boicote’: cadeia produtiva de bovinos quer deixar o Carrefour sem carne
- Jonh Deere enfrenta possíveis tarifas com sólida estratégia, diz CEO
- Maior refinaria de açúcar do mundo terá fábrica no Brasil para processar 14 milhões de t/ano
- Pecuarista é condenado a 3 anos de prisão por matar mais de 100 pinguins na Argentina
- Nova CNH em 2025 só para carros automáticos? Entenda
A unidade da JBS em Passo Fundo tem mais de 2.400 trabalhadores.
O que diz a JBS sobre o caso:
A JBS refuta os argumentos presentes no auto de infração expedido pela Vigilância Sanitária do município de Passo Fundo (RS) nesta quinta-feira (7) e que contraria a decisão judicial da 2ª Vara do Trabalho de Passo Fundo, de 4 de maio, que autorizou a retomada das operações da unidade.
A empresa tem adotado todas as medidas de prevenção necessárias para proteção e segurança dos seus colaboradores e tomará todas as medidas cabíveis para reverter a interdição municipal.
Em decisão proferida pela Justiça ficou demonstrado que os mais de 2.500 colaboradores da unidade da JBS em Passo Fundo trabalham sob rígidas medidas de segurança.
Entre as ações adotadas pela Companhia, estão:
– afastamento de pessoas que fazem parte do grupo de risco como maiores de 60 anos, gestantes e todos os que tiveram recomendação médica;
– ampliação da frota de transporte;
– desinfecção diária das unidades;
– medição de temperatura de todos antes do acesso às fábricas;
– vacinação contra gripe H1N1 para 100% dos colaboradores;
– ações de distanciamento social;
– forte comunicação de prevenção e cuidados, entre outras.
Essas e outras medidas de proteção constam de laudo da perícia técnica assinado pela especialista em medicina do trabalho Sabine Braga Chedid, que vistoriou todo complexo fabril da companhia em 23 de abril a pedido da Justiça do Trabalho, um dia antes da interdição da unidade.
Todas as medidas adotadas pela JBS estão a de acordo com os mais altos padrões dos órgãos de saúde e em conformidade com a recomendação da Consultoria do Hospital Albert Einstein e médicos especializados contratados pela empresa para apoiar na definição dos protocolos de saúde e que estão em vigor em todas as unidades da empresa.
Para saber mais sobre as medidas de saúde e segurança adotadas pela JBS acesse o link: https://jbs.com.br/comunicacao/covid-19-principais-medidas-de-protecao/
A empresa esclarece ainda que produção de alimentos faz parte do decreto federal que determina essa atividade como essencial ao país, e decisões como essa colocam em risco a segurança jurídica e a garantia do abastecimento à população.