“Com a maior média das últimas 8 semanas, os preços da arroba ainda têm espaço para melhorar no curto prazo, estimulados pela combinação da menor oferta de animais terminados, baixa disponibilidade de pastagem e o câmbio valorizado”; Confira
O mercado físico do boi gordo iniciou a semana com preços relativamente estáveis nas principais regiões de produção e comercialização do Brasil. Esse comportamento reflete uma conjuntura onde as indústrias frigoríficas estão cautelosas em suas compras, aguardando o melhor momento para adquirir o gado necessário para manter suas escalas de abate.
De acordo com Fernando Henrique Iglesias, analista da Consultoria Safras & Mercado, algumas indústrias estão ausentes das compras no início da semana, avaliando as melhores estratégias de aquisição. Ainda assim, algumas negociações estão acontecendo acima da média de referência, indicando um movimento de recuperação, especialmente no Pará. Nas regiões de São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Goiás, há uma tendência de reajustes devido às escalas de abate mais curtas.
Os negócios estão fluindo apenas para manter as programações de abate das indústrias brasileiras, que se encontram em 10 dias, informa a Agrifatto. “Os frigoríficos estão evitando formar grandes estoques nas câmaras frias devido à lentidão do escoamento de carne bovina no mercado interno”, relata a Agrifatto.
Segundo apurou a Scot Consultoria, a semana começou sem mudança nos preços nas praças paulistas. “Com boa oferta de boiadas e aumento no consumo de carne, como esperado para o início do mês (período marcado pelo pagamentos dos salários), o cenário é de equilíbrio no mercado pecuário”, observa a Scot.
Desse modo, nas regiões de São Paulo, as cotações do boi gordo estão apregoadas em R$ 220/@, a da vaca em R$ 197/@ e a da novilha em R$ 212/@, de acordo com os dados da Scot. O “boi-China” (base SP) está valendo R$ 225,/@, um ágio de R$ 5/@ sobre o boi “comum”.
Na última semana, de acordo com apuração da Agrifatto, o boi gordo seguiu recuperando terreno nas cotações.“Graças ao câmbio e uma oferta de boiadas mais enxuta, as cotações subiram 0,22% na semana (em comparação com a semana anterior) para o indicador Cepea, que fechou com média de R$ 227,30/@”, informa a Agrifatto.
O indicador da consultoria apontou um avanço de 1,66% no mesmo comparativo semanal, com precificação média de R$ 224,65/@. “Com a maior média das últimas 8 semanas, os preços da arroba ainda têm espaço para melhorar no curto prazo, estimulados pela combinação da menor oferta de animais terminados, baixa disponibilidade de pastagem e o câmbio valorizado”, ressaltam os analistas da Agrifatto.
Os dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) indicam uma recuperação nas cotações do boi gordo, refletindo a menor oferta de animais terminados e a valorização cambial. Na última semana, o indicador Cepea registrou um aumento de 0,22%, fechando com uma média de R$ 227,30/@.
Esse avanço foi impulsionado pela combinação de uma oferta mais restrita de gado, a baixa disponibilidade de pastagens e a valorização do câmbio, que tornaram as exportações brasileiras mais competitivas. Com a maior média das últimas oito semanas, os analistas do Cepea sugerem que ainda há espaço para melhorias nos preços no curto prazo, dependendo das condições de mercado e da demanda externa.
Preços do boi gordo, segundo a Agrifatto
São Paulo — O “boi comum” vale R$220,00 a arroba. O “boi China”, R$230,00. Média de R$225,00. Vaca a R$195,00. Novilha a R$212,00. Escalas de abates de doze dias;
Minas Gerais — O “boi comum” vale R$205,00 a arroba. O “boi China”, R$215,00. Média de R$210,00. Vaca a R$185,00. Novilha a R$195,00. Escalas de abate de doze dias;
Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$217,00 a arroba. O “boi China”, R$217,00. Média de R$217,00. Vaca a R$200,00. Novilha a R$210,00. Escalas de abate de oito dias;
Mato Grosso — O “boi comum” vale R$206,00 a arroba. O “boi China”, R$210,00. Média de R$208,00. Vaca a R$185,00. Novilha a R$195,00. Escalas de abate de onze dias;
Tocantins — O “boi comum” vale R$200,00 a arroba. O “boi China”, R$208,00. Média de R$204,00. Vaca a R$175,00. Novilha a R$180,00. Escalas de abate de onze dias;
Pará — O “boi comum” vale R$200,00 a arroba. O “boi China”, R$ 208,00. Média de R$204,00. Vaca a R$175,00. Novilha a R$180,00. Escalas de abate de catorze dias;
Goiás — O “boi comum” vale R$205,00 a arroba. O “boi China/Europa”, R$215,00. Média de R$210,00. Vaca a R$190,00. Novilha a R$200,00. Escalas de abate de oito dia;
Rondônia — O boi vale R$185,00 a arroba. Vaca a R$165,00. Novilha a R$170,00. Escalas de abate de catorze dias;
Maranhão — O boi vale R$195,00 por arroba. Vaca a R$175,00. Novilha a R$175,00. Escalas de abate de onze dias;
Paraná — O boi vale R$225,00 por arroba. Vaca a R$205,00. Novilha a R$215,00. Escalas de abate de sete dia.
Mercado atacadista
O mercado atacadista também começou a semana com alta nas cotações. O quarto dianteiro foi precificado a R$ 13,05 por quilo, um aumento de R$ 0,05, enquanto o quarto traseiro manteve-se em R$ 17,50 por quilo. A ponta de agulha permaneceu em R$ 12,75 por quilo. Esse ambiente de negócios sugere uma tendência de alta no curto prazo.
Exportações
As exportações brasileiras de carne bovina continuam em ritmo acelerado, aproximando-se de novos recordes. Em julho, nos primeiros cinco dias úteis, as exportações renderam US$ 240,471 milhões, com uma média diária de US$ 48,094 milhões. O volume total exportado foi de 54,204 mil toneladas, com uma média diária de 10,840 mil toneladas. Comparado a julho de 2023, houve um aumento de 32,5% no valor médio diário e um ganho de 41,6% na quantidade média diária exportada, embora o preço médio por tonelada tenha caído 6,4%.
Escrito por Compre Rural.
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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Juliana Freire sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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