Chicago cai com melhora no clima dos EUA; Preço do milho tem dia de alta no mercado brasileiro. Confira as principais cotações nas praças brasileiras!
A terça-feira (07) chega ao final com os preços do milho levemente mais altos no mercado físico brasileiro. Em levantamento realizado, não foram percebidas desvalorizações em nenhuma das praças pesquisadas.
Já as valorizações apareceram apenas em Brasília/DF (1,35% e preço de R$ 37,50), Oeste da Bahia (1,37% e preço de R$ 37,00), Ponta Grossa/PR (2,27% e preço de R$ 45,00) e Rio do Sul/SC (2,38% e preço de R$ 43,00). De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos, no Brasil, as cotações do cereal seguem sustentadas com o dólar firme.
A análise da Scot Consultoria aponta que os preços do milho firmaram no mercado interno a partir de meados de junho, com o dólar direcionando as cotações e o vendedor tem se mostrado mais resistente nos negócios.
“Destacamos, no entanto, que o avanço da colheita da segunda safra no país (aumento da disponibilidade interna) e poucas novidades com relação à demanda pelo cereal tem limitado as altas de preços no mercado interno. Para o curto prazo, com o avanço da colheita e maior disponibilidade interna existe espaço para quedas nas cotações do milho no mercado brasileiro, mas vai depender do câmbio”, diz a consultoria.
B3
Os preços futuros do milho também operaram em alta nesta terça-feira na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações registravam movimentações positivas entre 0,79% e 1,60% por vota das 16h21 (horário de Brasília).
O vencimento julho/20 era cotado à R$ 50,24 com valorização de 1,60%, o setembro/20 valia R$ 47,77 com ganho de 1,40%, o novembro/20 era negociado por R$ 49,79 com elevação de 0,79% e o março/21 tinha valor de R$ 49,78 com alta de 1,18%.
De acordo com análise da Agrifatto Consultoria, as cotações do cereal seguem evoluindo no Brasil pressionadas por Chicago e pela ainda escassa entrada de novos volumes no mercado interno.
“Os movimentos de acomodação nos preços irão ocorrer. Para tal, dependerão da composição do fluxo de embarques na exportação e dos preços nos portos, e preços nos portos dependem dos valores na Bolsa de Chicago e do câmbio. Portanto, a volatilidade nestas duas variáveis determinará o perfil dos preços internos. Maior embarque e preços nos portos, maior sustentação interna. Acomodação dos preços externos e do cambio será uma combinação de pressão sobre os preços internos”, explica o analista da Safras & Mercado, Paulo Molinari.
Ainda segundo o analista, a maior preocupação no milho não está no segundo semestre, no qual não faltará milho internamente. “Porém, o primeiro semestre de 2021 necessita ter forte atenção dos consumidores, pois, estoques baixos de passagem e área de verão discreta podem novamente provocar altas agressivas nos preços no período”, afirmou.
Mercado Externo
Já os preços internacionais do milho futuro caíram na Bolsa de Chicago (CBOT) nesta terça-feira. As principais cotações registraram movimentações negativas entre 1,50 e 4,25 pontos ao final do dia.
O vencimento julho/20 foi cotado à US$ 3,45 com baixa de 1,50 pontos, o setembro/20 valeu US$ 3,43 com perda de 3,00 pontos, o dezembro/20 foi negociado por US$ 3,52 com queda de 3,75 pontos e o março/21 teve valor de US$ 3,63 com desvalorização de 4,25 pontos.
Esses índices representaram baixas, com relação ao fechamento da última segunda-feira, de 0,29% para o julho/20, de 0,87% para o setembro/20, de 1,12% para o dezembro/20 e de 1,09% para o março/20.
Segundo informações da Agência Reuters, os futuros de milho nos Estados Unidos diminuíram na terça-feira, com as previsões meteorológicas parecendo menos ameaçadoras para as culturas americanas do que no dia anterior, disseram analistas.
“A previsão do tempo não é tão terrível como alguns pensavam ontem”, disse Tomm Pfitzenmaier, analista da Summit Commodity Brokerage em Iowa.
Além disso, os traders obtiveram lucros depois da lata de segunda-feira, com preocupações de que condições quentes e secas possam ameaçar o rendimento das culturas no Meio-Oeste dos EUA. A chuva agora parece mais provável no final desta semana e na próxima semana, de acordo com o Commodity Weather Group.
“Os mercados estão prestando muita atenção às previsões do tempo, porque o milho está entrando em um estágio crítico para o desenvolvimento das culturas. Os rendimentos são importantes porque o Departamento de Agricultura dos EUA estimou na semana passada que os agricultores plantaram menos acres do que os analistas esperavam”, pontua Tom Polansek da Reuters Chicago.
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Após o fechamento do mercado na segunda-feira, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) classificou e 71% do milho norte-americano em ótima ou excelente forma, em comparação com 73% na semana passada e 72% esperados pelos analistas.
“O relatório de condições de safra do USDA disse que o milho dos EUA parece razoável hoje sem motivo para preocupações adicionais com as lavouras”, disse Matt Ammermann, gerente de risco de commodities da StoneX.
Fonte: Notícias Agrícolas