A colheita se aproxima do fim, mas os preços do cereal no Brasil não respondem a esse aumento de oferta eminente. Confira o que disse a Agrifatto.
Com o dólar fechando ao maior valor dos últimos 90 dias, o preço do milho no mercado físico brasileiro seguiu avançando, ficando cotado acima dos R$ 58,00/sc em São Paulo. A colheita no país se aproxima do seu fim, e mesmo, com a maior quantidade de cereal chegando no mercado brasileiro, não há sinais de que as cotações do milho recuem nas próximas semanas. Na B3, o dia foi de alta, com o vencimento setembro/20 subindo 1,30%, fechando a quarta-feira a R$ 59,87/sc.
Em Chicago, mais um dia de ajuste pós a forte valorização, com o contrato para setembro/20 vendo seu preço recuar 0,61%, fechando o dia a US$ 3,25/bu. Os bons reportes de produtividade de milho vindo de outros estados norte-americanos que não sofreram com as tempestades como o Iowa, aliado ao aumento nos estoques de etanol de milho, dificultam a sustentação do preço do milho acima dos US$ 3,30/bu.
Boi Gordo
A quarta-feira foi marcada pela evolução das negociações do mercado spot de boi gordo. Em algumas praças indicações acima da média já começam a ser vistas, mas ainda são tímidas quando comparadas aos preços médios registrados. Com as exportações em alta e o câmbio favorecendo, é possível que os preços ainda avancem no curto prazo.
No atacado, o dia foi arrastado, com baixa movimentação dos players. Fato confirmado é que algumas devoluções e renegociações começaram a entrar no radar, pressionando negativamente os preços, que ainda se sustentam em R$14,70-14,80/@ para a carcaça casada bovina.
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Soja
A pequena janela de vendas que ainda resta no Brasil para as vendas de soja vai se fechando com a eminente chegada da safra norte-americana, e, apesar da migração desta demanda para os EUA, os preços da soja no Brasil seguem avançando, sustentados no dólar que fechou o dia a R$ 5,52, influenciando para que o preço da oleaginosa ultrapassasse os R$ 133,00/sc nos portos brasileiros.
A soja norte-americana teve mais um dia de calmaria, com o vencimento setembro/20 variando apenas 0,05%, fechando o dia nos US$ 9,13/bu. A pressão de uma safra grande continua a pesar sobre as cotações da oleaginosa norte-americana, e, com as incertezas sobre a guerra comercial com a China ainda em pauta, os espaços para novas altas nos EUA são limitados.
Fonte: Agrifatto