Preço do milho fecha a semana em alta no Brasil mesmo com colheita avançando; Mercado Físico e B3 se valorizaram nesta sexta-feira.
A sexta-feira (03) chega ao final com os preços do milho pouco modificados no mercado físico brasileiro. Em levantamento realizado, as únicas desvalorizações percebidas foram em Palma Sola/SC (1,12% e preço de R$ 44,00) e Cafelândia/PR (2,38% e preço de R$ 41,00).
Já as valorizações apareceram nas praças de Campo Novo do Parecis/MT (1,54% e preço de R$ 33,00), Itapetininga/SP (2,04% e preço de R$ 50,00), Londrina/PR (2,44% e preço de R$ 42,00) e Amambaí/MS (2,56% e preço de R$ 40,00) .
De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos, a semana foi de valorização do mercado físico do milho nas praças paulistas. “O dólar e a necessidade imediata dos granjeiros/indústrias foram os pilares deste movimento”.
A Agrifatto Consultoria acrescenta que, mesmo com a estabilidade do dólar e mais oferta disponível no mercado, o preço do milho em Campinas se estabilizou próximo dos R$ 50,00 a saca. “A colheita ainda não ganhou corpo em grande parte do centro-sul do país, devendo imprimir ritmo mais intenso apenas a partir da próxima semana”.
B3
A Bolsa Brasileira (B3) operou em alta neste último dia da semana para os preços futuros do milho. As principais cotações registravam movimentações positivas entre 0,10% e 0,86% por volta das 16h21 (horário de Brasília).
O vencimento julho/20 era cotado à R$ 49,22 com valorização de 0,86%, o setembro/20 valia R$ 46,82 com alta de 0,26%, o novembro/20 era negociado por R$ 49,35 com ganho de 0,10% e o janeiro/21 tinha valor de R$ 48,80 com estabilidade.
Segundo o analista de mercado da Agrifatto Consultoria, Yago Travagini Ferreira, a colheita segue lenta e destina estes primeiros volumes para cumprir contratos já firmados de exportação, não deixando cereais disponíveis suficientes para abastecer o mercado interno.
Além disso, as empresas compradoras de milho, que evitavam adquirir novos lotes no aguardo de desvalorizações com a colheita, chegaram a seus limites e agora precisam retornar ao mercado em busca de novas compras.
Na última quarta-feira, o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços divulgou, por meio da Secretaria de Comércio Exterior, seu relatório semanal que aponta as exportações acumuladas de diversos produtos agrícolas até o final do mês de junho.
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Nestes 21 dias úteis do mês, o Brasil exportou 348.129,7 toneladas de milho não moído, um acréscimo de 307.107,8 toneladas com relação ao fechamento da terceira semana. Com isso, as exportações subiram mais de 1.296% de maio a junho, apesar de ainda ser 73,64% menor do que o mesmo de 2019.
Ferreira comenta que os volumes embarcados registraram uma recuperação forte nos últimos dias de junho e devem seguir crescendo em julho, agosto e setembro. Nos três últimos meses do ano, a concorrência com o milho norte-americano e ucraniano será mais forte e isso pode impactar no ritmo exportado brasileiro.
Fonte: Notícias Agrícolas