Chicago cai na semana de olho no clima; Preço do milho encerra a semana subindo no mercado brasileiro. Confira as cotações!
A sexta-feira (24) chega ao final com os preços do milho subindo no mercado físico brasileiro. Em levantamento realizado, foram percebidas desvalorizações apenas em São Gabriel do Oeste/MS (5,26% e preço de R$ 36,00).
Já as valorizações apareceram nas praças de Palma Sola/SC (1,12% e preço de R$ 45,00), Pato Branco/PR (1,17% e preço de R$ 43,20), Londrina/PR (1,19% e preço de R$ 42,50), Marechal Cândido Rondon/PR e Ubiratã/PR (1,20% e preço de R$ 42,00), Eldorado/MS (1,27% e preço de R$ 40,00), Rio Verde/GO (1,32% e preço de R$ 38,50), Ponta Grossa/PR (2,17% e preço de R$ 47,00) e Cafelândia/PR (2,44% e preço de R$ 42,00).
A colheita da segunda safra de milho segue avançando pelas principais regiões produtoras do Brasil, mas esta chegada de novos volumes no mercado ainda é restrita e não mexe com o mercado do cereal no país.
Segundo o analista de mercado da Germinar Corretora, Roberto Carlos Rafael, o que vai definir a trajetória do preço do milho continua sendo o dólar e sua cotação ante ao real. Inclusive as desvalorizações acompanhadas nos últimos dias têm como fator desencadeante o recuo da moeda americana no câmbio.
Rafael destaca que o balizador dos preços no mercado físico são as cotações dos portos, que são formados pela equação preço de Chicago + prêmio + dólar e hoje ficam ao redor de R$ 47,00 reais, após chegar em R$ 51,00 na última semana.
Sendo assim, as movimentações do milho norte-americano na Bolsa de Chicago (CBOT) também precisam estar no radar dos produtores brasileiros. O analista acredita que as cotações tendem a ficar mais calmas a partir de agora, pelo menos até setembro, quando a China pode voltar as compras e mexer com a demanda.
Outro ponto que mereceu o comentário de Rafael foi o volume de cerca de 40 milhões de toneladas já negociadas desta atual segunda safra, que é estimada entre 72 e 73 milhões de toneladas. Este cenário deixa os produtores bem vendidos e capitalizados e os compradores já abastecidos. Com isso, as próximas semanas tendem a ser mais tranquilas e com poucas necessidades de novos negócios.
B3
Os preços futuros do milho operaram a maior parte do dia com resultados favoráveis na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações registravam movimentações entre 1,17% negativo e 0,71% positivo por volta das 16h21 (horário de Brasília).
O vencimento julho era cotado à R$ 48,00 com alta de 0,52%, o setembro/20 valia R$ 49,80 com valorização de 0,71%, o novembro/20 era negociado por R$ 50,80 com ganho de 0,12% e o janeiro/21 tinha valor de R$ 50,65 com desvalorização de 1,17%.
Mercado Externo
Já os preços internacionais do milho futuro encerraram a semana em campo misto na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais cotações registraram movimentações entre 1,75 pontos negativos e 0,50 pontos positivos ao final do dia.
O vencimento setembro/20 foi cotado à US$ 3,26 com desvalorização de 1,75 pontos, o dezembro/20 valeu US$ 3,35 com perda de 0,50 pontos, o março/21 foi negociado por US$ 3,46 com alta de 0,50 pontos e o maio/21 teve valor de US$ 3,53 com elevação de 0,50 pontos.
Esses índices representaram queda, com relação ao fechamento da última quinta-feira, de 0,61% para o setembro/20 e ganhos de 0,29% para o março/21 e de 0,28% para o maio/21, além de estabilidade para o dezembro/20.
Com relação ao fechamento da última semana, os futuros do milho acumularam desvalorizações de 2,10% para o setembro/20, de 1,18% para o dezembro/20, de 0,86% para o março/21 e de 0,84% para o maio/21 na comparação com a última sexta-feira (17).
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Segundo informações da Agência Reuters, as previsões meteorológicas que mostram chuvas em grande parte do Meio-Oeste dos Estados Unidos na próxima semana pressionaram o mercado de milho, embora áreas com seca tenham mantido os traders atentos a rendimentos reduzidos.
“Está ficando um pouco mais interessante no estado de Iowa. Os últimos 30 dias foram muito secos”, disse Jason Ward, diretor da Northstar Commodity. O Monitor de Seca dos Estados Unidosi classificou quinta-feira grande parte do oeste de Iowa como enfrentando condições de seca moderadas a severas.
Fonte: Notícias Agrícolas