O produtor de leite que estava “feliz” com o preço recebido nos últimos meses do ano, se depara com um novo cenário em seu preço recebido pelo leite
O segundo semestre de 2017 foi um tempo amargo para a pecuária leiteira, que teve o menor preço pago ao produtor em anos. Atrelado a toda essa política de precificação do leite, ainda tivemos uma alta nos custos de produção, levando inúmeros produtores a substituírem a atividade por outra mais rentável.
Pois bem, o ano de 2018 começou diferente, o produtor viu sua nota chegar cada vez com melhores preços, com uma demanda aquecida e começou a colocar um sorriso no rosto achando que os tempos difíceis haviam terminado. Infelizmente companheiros, foi só tempo de tentar pegar um fôlego, porque parece que o presente de natal esse ano vai faltar.
O preço pago aos produtores sofreu queda no último pagamento e a sinalização é de que esse preço ainda vai continuar “morro abaixo” até o final do ano. Pois bem, como se já não bastasse amargar o custo de produção que está em alta a quase 9 meses, agora é preciso ver o preço despencar.
Estamos para entrar na safra e esse fator pode trazer um aumento de produção, que acarretara em uma queda no preço pago ao produtor. Entretanto, alguns fatores de mercado podem reduzir essa queda, mas são muito intrínsecos.
Os momentos e fatores de incertezas no Brasil vão muito além do controle do mercado. Temos um cenário de um futuro aumento de demanda, entretanto pode esbarrar na oferta. Incertezas políticas que ainda assombram o brasileiro e um custo de produção com um mercado de exportação que está aquecido para os grãos.
Todos esses fatores dentro de uma cadeia produtiva que já vem sofrendo com elos fracos dentro dela são extremamente complicados de serem analisados e, principalmente, de serem exatos.