
Segundo o Boletim do Leite do Cepea, o preço do leite pago ao produtor caiu 30% em um ano; Contudo, pesquisas da instituição indicam que o movimento de queda no preço do leite ao produtor pode ter chegado ao fim. Confira abaixo
Pelo sexto mês consecutivo, o preço do leite cru captado por laticínios caiu em outubro, recuando 4,3% frente a setembro, para R$ 1,9675/litro na “Média Brasil” líquida. No acumulado de 2023, a desvalorização é de 24,8%, em termos reais (deflacionamento pelo IPCA de out/23), e, em relação a outubro/22, de expressivos 30,4%.
Contudo, pesquisas em andamento do Cepea indicam que o movimento de queda no preço ao produtor pode ter chegado ao fim na maior parte das bacias leiteiras. Enquanto os valores do produto captado em novembro devem permanecer estáveis no Sudeste, no Sul, espera-se uma virada na tendência.
A desvalorização do leite esteve atrelada ao excesso de oferta, tanto pelo aumento da produção doméstica quanto pelas importações crescentes. Porém, a captação dos laticínios tem desacelerado desde setembro e, em outubro, o Índice de Captação Leiteira (ICAP-L) do Cepea avançou apenas 1,4%. A produção de leite vem sendo limitada pela combinação de clima adverso à atividade (seca e calor no Sudeste e Centro-Oeste e excesso de chuvas no Sul) com margens espremidas dos pecuaristas.
Pesquisa do Cepea mostra que o Custo Operacional Efetivo (COE) da pecuária leiteira na “Média Brasil” registrou alta de 0,6% em novembro, puxado pela valorização dos concentrados, adubos, corretivos e alguns medicamentos. Ainda que, no acumulado do ano, o COE apresente retração, a diminuição do preço do leite supera a desvalorização dos insumos no mesmo período e, com isso, estima-se que a margem bruta dos pecuaristas tenha recuado expressivos 69% no ano.
Com a queda no preço do leite, as importações chegaram a perder força em setembro, porém, voltaram a crescer em outubro e novembro. Dados da Secex mostram que as compras externas de queijos puxaram a alta de 5% nas importações de novembro e que, no acumulado do ano, o volume adquirido supera em mais de 70% o registrado no ano passado.
Ainda assim, os estoques de lácteos estiveram, no geral, mais limitados em novembro – o que ajudou a frear a queda no preço de alguns lácteos e a elevar, ainda que levemente, as cotações do UHT e da muçarela. Contudo, essa pequena valorização não foi suficiente para garantir rentabilidade aos laticínios e o movimento de alta não persistiu na primeira quinzena de dezembro, prejudicado pela diminuição do consumo e pelo acirramento da concorrência entre laticínios e entre os produtos brasileiros e importados.

Com importações crescentes, déficit na balança comercial de lácteos sobe para US$ 80 mi
Enquanto as exportações brasileiras de lácteos caíram em novembro, as importações seguiram crescentes, atingindo o quarto maior volume de 2023. Como resultado, o déficit da balança comercial aumentou para US$ 80,3 milhões em receita – 4,7% superior à de outubro – e 199,2 milhões de litros em equivalente leite, quantidade 7,4% maior, segundo dados da Secex.
Foram importados 203,9 milhões de litros em equivalente leite em novembro, crescimento de 5% frente
a outubro e de 33,4% em relação a nov/22. No acumulado do ano (até novembro), as compras externas de lácteos somam 2,02 bilhões de litros em equivalente leite, volume 71,7% acima do registrado no mesmo período de 2022.
As aquisições de leites em pó, que participaram com 76,3% do total importado, subiram apenas 1,5% em
novembro, totalizando 155,6 milhões de litros em equivalente leite. Os principais fornecedores de leites em pó ao Brasil foram Argentina, Uruguai e Paraguai. Os leites em pó foram importados à média de US$ 3,08/kg, queda de 3,8% em relação à de outubro/23. Já o valor médio do mesmo derivado exportado pelo Brasil foi bem superior, de US$ 12,29/kg.
O principal produto lácteo exportado pelo Brasil foram os queijos, totalizando 1,9 milhão de litros em equivalente leite, mas com recuo de 30,9% em relação a outubro/23. O Chile e os Estados Unidos foram os maiores compradores destes derivados. A categoria que registrou a queda mais significativa nas exportações foi o leite em pó, de 85,89% no comparativo mensal e de 78,87% no anual.
Custo da pecuária leiteira sobe, enquanto receita segue em franca retração
Em novembro, o Custo Operacional Efetivo (COE) da pecuária leiteira apresentou elevação de 0,58% na “Média Brasil” – formada pelas bacias leiteiras de BA, GO, MG, SC, SP, PR e RS. O aumento dos custos está atrelado à valorização dos concentrados, adubos, corretivos e alguns medicamentos.
Cálculos do Cepea indicam que, de janeiro a novembro de 2023, a receita total das propriedades modais caiu 22% na “Média Brasil”, enquanto a margem bruta (receita – COE) recuou expressivos 69%. Assim,
o ano se encaminha para o encerramento com margens muito apertadas aos produtores de leite nacionais.

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