Preço do boi gordo causa desespero em frigoríficos pelo Brasil; veja cotações

De acordo com análises de consultorias do setor, as negociações mantiveram preços firmes em grande parte das praças pecuárias. No entanto, os frigoríficos enfrentam dificuldades na composição das escalas de abate, o que mantém os preços acima da média em algumas regiões; confira cotações

O mercado físico do boi gordo no Brasil permaneceu relativamente estável ao longo da semana, com variações pontuais em diferentes regiões do país. De acordo com análises de consultorias do setor, as negociações mantiveram preços firmes em grande parte das praças pecuárias.

Em estados como Mato Grosso do Sul, Goiás, São Paulo e Minas Gerais, observou-se uma estabilidade nos preços, refletindo uma dinâmica de mercado consolidada. Fernando Iglesias, analista da Safras & Mercado, destaca que esse cenário é impulsionado pelo bom volume de chuvas, que permitiu aos pecuaristas manterem suas negociações ao longo da semana.

Contudo, a situação é mais desafiadora em algumas regiões. Em Mato Grosso e Tocantins, os frigoríficos enfrentam dificuldades na composição das escalas de abate, o que mantém os preços acima da média. Por outro lado, em locais como Pará e Rondônia, os frigoríficos têm mais facilidade para se posicionar nas escalas, e estão testando patamares mais baixos de preços, principalmente devido à oferta de fêmeas.

Preços do boi gordo

  • São Paulo (Capital) – R$ 230,00 por arroba;
  • Goiás (Goiânia) – R$ 215,00 por arroba;
  • Minas Gerais (Uberaba) – R$ 225 por arroba;
  • Mato Grosso do Sul (Dourados) – R$ 225 por arroba;
  • Mato Grosso (Cuiabá) – R$ 220 por arroba;
  • Rondônia (Vilhena) – R$ 192 por arroba.

Mercado atacadista

No mercado atacadista, os preços apresentaram uma variação significativa ao longo da semana. O quarto traseiro do boi registrou uma queda de 2,78%, passando de R$ 18,00 por quilo para R$ 17,50 por quilo. Enquanto isso, o quarto dianteiro permaneceu estável em R$ 14,00 por quilo. Essas variações refletem a dinâmica do mercado e influenciam diretamente nos preços ao consumidor final, indicando uma tendência de ajuste nos valores dos cortes de carne bovina nos próximos dias.

Exportações

As exportações de carne bovina do Brasil continuaram em um ritmo forte em abril, com um total de US$ 706.134 milhões em receita e uma média diária de US$ 47.075 milhões. Apesar disso, houve uma queda no preço médio da tonelada exportada. Esse aumento nas receitas reflete um aumento na quantidade média diária exportada, mostrando a forte demanda internacional pela carne bovina brasileira. No entanto, a desvalorização do preço médio da tonelada sinaliza a competição acirrada no mercado global e pode influenciar as estratégias de precificação no futuro próximo.

Fechamento da semana – 26/04

Na sexta-feira (26/4), o mercado brasileiro do boi gordo seguiu em ritmo devagar, com preços firmes na maioria das praças pecuárias, relatam as consultorias que acompanham diariamente o setor pecuário. Pelos dados levantados pela Scot Consultoria, o animal terminado “comum” (direcionado ao mercado interno) seguiu valendo R$232/@ no Estado de São Paulo, enquanto a vaca e a novilha gordas são negociadas por R$ 205/@ e R$ 220/@, respectivamente (preços brutos e a prazo).

A arroba do “boi-China” (base SP) estava sendo comercializada em R$ 235, com ágio de R$ 3/@, acrescenta a Scot. Segundo a Agrifatto, ao longo da semana, os frigoríficos brasileiros exerceram, sem muito sucesso, uma forte pressão baixista sobre a arroba e adquiriram apenas o necessário para manter o atendimento das escalas em nove dias, na média nacional.

“Como resultado efetivo e imediato da pressão sobre os preços, 6 das 17 regiões produtoras monitoradas registraram desvalorização da arroba na quinta-feira (25/4): SP, BA, ES, PA, RJ e TO); as outras 11 mantiveram os preços estáveis”, afirma a Agrifatto.

Segundo os dados do Cepea, o indicador do boi gordo encerrou a semana em R$ 232,25 por arroba, com uma variação diária de -0,39%. No entanto, o fechamento mensal apresentou uma variação mínima de -0,02%. Já em dólares, o valor foi de US$ 45,40. Esses números indicam um mercado relativamente estável, com leve tendência de queda no curto prazo, reflexo da pressão dos frigoríficos sobre os preços e da competição com outras carnes no mercado interno e externo.

Escrito por Compre Rural.

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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Juliana Freire sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira

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