Principal motivo, aponta estudo, é a valorização dos principais produtos agrícolas do Estado, como soja (+90%) e milho (+84%); Confira as informações abaixo!
O preço de terras aptas para a agricultura subiu mais de 50% no Paraná em um ano. O resultado é influenciado, sobretudo, pela valorização da produção, segundo a análise do Departamento de Economia Rural (Deral).
As terras aptas ao cultivo de grão – Classe A-III, segundo o sistema de classificação de solos da Embrapa – apresentaram valor médio de R$ 58,9 mil o hectare em 2021. Isso representa aumento de 52% ante os R$ 38,9 mil levantados em março de 2020.
No caso das terras B-VI – ocupadas mais por pastagens e silvicultura (cultivo de florestas para produção de madeiras e outros derivados comerciais) -, o incremento também foi de 52%. Em um ano, o valor do hectare passou de R$ 20,1 mil para R$ 30,6 mil.
O reajuste acima dos índices de inflação já era esperado pelo mercado e pelo Deral. Segundo o departamento, entre os motivos estão a maior demanda e, principalmente, a valorização dos principais produtos agrícolas do Estado, como a soja (+90%), o milho (+84%) e o boi gordo (+53%).
“Consolida-se ainda mais neste ano a tendência de negócios pontuais, pois apesar de os compradores estarem capitalizados, há poucas ofertas de áreas aptas ao cultivo de grãos”, destaca o Deral.
Conforme o levantamento, os destaques regionais ficam por conta dos extremos. O município de Foz do Iguaçu apresentou os maiores valores para classe A-I, atingindo média de R$ 157,9 mil reais por hectare em talhões muito planos, extremamente férteis e bem drenados.
Já os menores valores médios foram identificados na classe C-VIII de União da Vitória e São Mateus do Sul, com áreas usadas especialmente para compensação ambiental sendo vendidas em média por R$ 2,9 mil por hectare.
- Banco do Brasil bate recorde de investimentos no campo
- Soja: cotações internas e externas recuam
- “Paramos completamente de entregar ao Carrefour”, revelou diretor da Minerva
- Rentabilidade do confinamento atingiu o maior patamar desde nov/20, avançando 30,2%
- Macron reforça que não assinará acordo com Mercosul e reitera apoio ao Carrefour
Compra de propriedade rural deve levar em conta sua gestão
Segundo o assessor do Senar/RS, o preço das propriedades pode ser uma armadilha. Terras muito baratas normalmente não têm grande potencial de produção ou possuem algum empecilho para comercialização, como a dificuldade de acesso. “A regra é que, se a terra é muito barata, sempre há algum motivo para ela ser barata. O preço da terra já diz as informações sobre ela”, explica Luz.
Produtividade
Outro erro frequente é a expansão de negócios, por meio da aquisição de novas terras, sem aproveitar o potencial das propriedades existentes. Antes de comprar mais terras, os produtores devem considerar os aspectos que aumentam a produtividade na agricultura: agricultura de precisão (uso preciso de recursos na propriedade por meio de tecnologia), irrigação e armazenagem.
- Você sabe por que os humanos começaram a beber leite de vaca?
- Vacas têm “melhores amigas” e sofrem com separações, revela pesquisa
- Bananas: Descubra os principais tipos e suas variedades
- Terra Roxa: Descubra suas origens e os segredos para cuidar do solo vermelho
- Maiores fazendas do mundo que você não conhecia
“Essas técnicas e tecnologia multiplicam muito a produtividade. Há produtores que pensam em comprar 50 hectares sem explorar toda a produtividade de suas terras atuais. Pode ser o caso de investir em produtividade e depois estar apto para comprar 100 hectares”, resume.
Antônio da Luz não recomenda o uso de crédito para compra de terras. Ele acredita ainda que a escassez de crédito para esse fim seja salutar para a economia. “Se haver crédito farto para compra de terras, haverá inflacionamento desnecessário do preço da terra, e isso impacta em toda a economia, inclusive no consumidor final”, finaliza.
Compre Rural com informações Globo Rural