Enquanto o boi gordo segue quebrando recordes, a reposição aproveita o caminho e segue embarcando na trilha de mais um mês de alta. Confira!
O Indicador do boi gordo CEPEA/B3 (mercado paulista, à vista) registra média de R$ 220,76 na parcial do mês (até o dia 29), o que representa avanço de 5,2% na comparação com a média de junho, e recorde real da série histórica do Cepea, iniciada em 1994, considerando-se apenas os meses de julho. Com esse cenário, o mercado de reposição voltou a ficar aquecido, trazendo novas altas nos preços com a maior demanda pela categoria.
Na média de todas as categorias e estados monitorados pela Scot Consultoria, entre machos e fêmeas anelorados e mestiços, as cotações fecharam com alta de 2,1% na última semana de julho. No acumulado do mês, a valorização acumulada foi de 8,2%.
O mercado do boi gordo mais firme na última semana aumentou a procura por animais de reposição. As categorias mais eradas são as mais procuradas, mas devido à oferta restrita e os preços acima das referências, os negócios fluíram com dificuldade nos últimos dias.
Segundo as informações copiladas pela Agrobrazil, com os valores das negociações informadas pelos pecuaristas, a média para o mês de Julho fechou com preços acima de R$ 2000/cab para a categoria dos bezerros, com uma valorização de 5,23% em relação ao mês de junho, nas praças de Goiás.
Já no mercado do Boi Magro, os preços em Goiás tiveram uma alta de 1,9% com valor de R$ 230,30/@ ante a média de junho, R$ 225,80/@. Já em São Paulo, conforme a tabela abaixo, o valor médio para a arroba foi de R$ 238,50. Ainda segundo as informas, apenas Mato Grosso, possui uma arroba abaixo de R$ 220 para a média de julho.
Reposição no MS: Bezerro tricross aos 225 kg cotado à média de R$ 2.215
Os eventos comerciais envolvendo animais para reposição no Mato Grosso do Sul cumpriram agenda entre os dias 24 e 26 de julho. Transmitidos pela TV e internet, os remates virtuais de gado geral ofertaram quase 2.500 animais, filmados em diversas propriedades do interior do estado.
O “Leilão Virtual de Corte MS” na tarde de 24 de julho negociou 994 reses para cria, recria e engorda à média geral de R$ 2.140, com renda total de R$ 2,1 milhões. A organização ficou a cargo da Boi Remates, LN Leilões Rurais e Reata Remates, com transmissão direto de Campo Grande pelo site Mais Remates.
Em 25 de julho, a Panorama Leilões organizou mais um pregão eletrônico com animais da região Cone Sul do MS e faturou R$ 958.035 com a venda de 467 lotes, atingindo média geral de R$ 2.051. O evento online foi transmitido pelo site da leiloeira.
Na noite de 26 de julho, machos e fêmeas Nelore e cruzamento industrial encheram a tela do AgroBrasilTV para mais uma edição do “Leilão Leiloboi Virtual de Corte”, que contou com exemplares da Cia. Mate Larangeira. No total, foram comercializadas 1.028 cabeças ao preço médio de R$ 2.214, gerando receita de R$ 2,2 milhões. O leiloeiro rural Josias Vitorino coordenou as captações dos lances na sede da Leiloboi Leilões Rurais, em Campo Grande.
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Tendência para o mercado
Para o curto prazo, a tendência é de que a procura por reposição permaneça em bom ritmo, apoiada na firmeza do mercado do boi gordo, que tende a seguir positivo nos próximos dias.
Para o mercado do boi, é esperado que o preço da arroba atinja os valores recordes no indicador do Cepea. O mercado segue aquecido na exportação e a reabertura do comércio frente a pandemia também se inicia, trazendo o retorno no consumo interno, e são esses fatores que atrelados a menor oferta de animais para abate que dão sustentação aos preços da arroba.
Compre Rural com informações da Scot Consultoria, Agrobrazil e Portal DBO.