Ministro Paulo Guedes, havia pedido que sua equipe estudasse tributar produtos que possam ser prejudiciais à saúde, incluindo a cerveja. Um bem precioso do brasileiro.
O presidente da República, Jair Bolsonaro, negou nesta sexta-feira, 24, a possibilidade de criação de um imposto sobre produtos que podem fazer mal à saúde, apelidado de “imposto do pecado”. “Aumentar cerveja não. Está descartado”, disse o presidente com bom humor logo após sua chegada no hotel onde ficará hospedado em Nova Délhi, Índia, para uma missão de quatro dias. “Não teremos qualquer majoração de carga tributária. Houve também um ruído muito forte de que estaríamos criando dois pedágios. Zero a possibilidade disso”, afirmou Bolsonaro.
Em entrevista após chegar a Déli, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que não haverá nenhum imposto do pecado, sobre bebidas açucaradas, álcool e cigarro, contradizendo o ministro da Economia, Paulo Guedes. Guedes havia pedido que sua equipe estudasse a possibilidade de tributar esses produtos.
“Ô Moro, aumentar a cerveja não, hein Moro..”, disse Bolsonaro, confundindo Guedes com o ministro da Justiça, Sergio Moro. “Acho que o Moro gosta de uma cervejinha…será que ele gosta?”. Segundo Bolsonaro, a orientação do governo é não “teremos qualquer nenhuma majoração de carga tributária”.
Depois, reiterou, acertando o nome do ministro: “Ô Paulo Guedes, eu te sigo 99%, mas aumento no preço da cerveja, não”.
Guedes pediu ao grupo responsável pela reforma tributária que faça simulações para reagrupar numa mesma categoria tributária todos os produtos que possam ser prejudiciais à saúde.
A lista em análise, além dos tradicionais cigarro e bebidas alcoólicas, inclui os produtos com excesso de açúcar, considerados um fator para a obesidade, especialmente a infantil, elevando o risco de desenvolvimento de doenças graves como o diabetes.
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A ideia da equipe de Guedes é aproveitar a reforma tributária para fazer a modificação.
Bolsonaro contraria Guedes e nega possibilidade de ‘imposto do pecado’
Segundo Bolsonaro, não haverá tributação nem sobre álcool, nem sobre os outros produtos que são prejudiciais à saúde. “Não tem como aumentar a carga tributária, todo mundo consome algo de açúcar”, afirmou.
Bolsonaro chegou nesta sexta-feira (24) para visita oficial de três dias à Índia. No sábado (25), participa de reuniões com o primeiro-ministro indiano Narendra Modi e outras autoridades indianas, e de um banquete oferecido pelo anfitrião.
No domingo (26), Bolsonaro será o convidado de honra do desfile do Dia da República na Índia. E, na segunda-feira (27), ele abre um seminário empresarial Brasil-Índia. De lá, irá para o Taj Mahal, um dos principais pontos turísticos da índia, que será fechado para o presidente e sua comitiva.
Compre Rural com informações do Estadão Conteúdo e Folha de S. Paulo