Os preços da arroba negociados pelas praças pecuárias, estão apresentando um grande deságio em relação a praça paulista e gerado grandes prejuízos!
O mercado físico de boi gordo registrou preços de estáveis a mais baixos nesta terça-feira, 15, a depender da praça pecuária avaliada e, também, do destino que a carne deste animal terá. A demanda pelo boi gordo continua mirando as exportações de carne brasileira, já que neste momento, o consumo doméstico ainda segue enfraquecido.
Neste cenário, os frigoríficos evitam acumular estoques nas câmaras frias, cadenciando a compra de boiadas em todo o Brasil. As quedas são mais pronunciadas entre os frigoríficos que operam apenas no mercado doméstico e localizados no Centro-Oeste – Goiás, Mato Grosso do Sul e Rondônia – apontam as análises.
Mercado pouco movimentado na terça-feira (15/2), resultado da evolução das escalas de abate, que atendem os próximos dias. Nas praças pecuárias paulistas as cotações estão estáveis na comparação feita dia a dia. Segundo a Scot Consultaria, as referências de mercado estão em R$ 337/@ para o boi gordo, R$ 303/@ para a vaca gorda e R$ 327/@ para a novilha gorda (preços brutos e a prazo).
Conforme supracitado, os bovinos com destino à exportação chegam a R$ 350,00/@, segundo as negociações informadas para a data de ontem. Com isso, os pecuaristas de Mococa, em São Paulo, venderam lotes no valor de R$ 350,00 ( R$ 332,50 + R$ 17,50/China), com pagamento à vista e abate programado para o dia 21 de fevereiro.
Ainda segundo os preços, o deságio é grande e se alonga ainda mais no decorrer desta semana. A situação já traz grande prejuízo aos pecuaristas pelas praças pecuárias. Conforme indicado nesta semana, a regiões onde a diferença entre praças chega a R$ 60,00/@, quando comparado à praça paulista. Pecuaristas tentam reter seus animais, esperando melhores preços, mas ao que parece, existe um entrave grande para que isso aconteça no curto prazo.
Segundo o fechamento de ontem, o Indicador CEPEA/B3, apresenta um recuo nos preços. Com isso, os valores da média paulista chegou ao patamar de R$ 338,15/@. Ainda segundo os valores divulgados, a variação mensal acumula uma queda de 1,64%. Afinal de contas, o que esperar deste mês para os preços da arroba?
Entre as praças da região Norte, por exemplo, as indústrias voltaram a testar aquisições ofertando preços abaixo das máximas vigentes. Foram observados movimentos de recuos no Pará (praça de Paragominas), com a arroba do boi gordo caindo de R$ 289 para R$ 287.
“Essa redução é resultado do fluxo adequado de oferta local de boiadas, além de escalas mais confortáveis, que atendem ao volume de programação de abate para abastecimento dos diversos mercados consumidores”, justificam os analistas da IHS.
Por outro lado, diante das melhores condições de pastagem na região Norte, favorecidas pelos bons níveis de chuvas das últimas semanas, não se nota espaço para quedas mais acentuadas nos preços da arroba, observam os analistas, que acrescentam: “Muitos pecuaristas da região ainda buscam segurar a boiada no pasto em vez de fechar negócios a valores mais baixos”.
Exportação
Até a segunda semana de fevereiro o Brasil embarcou 73,4 mil toneladas de carne bovina in natura, o equivalente a um embarque médio diário de 8,2 mil toneladas, volume 43,9% maior comparado à média diária de fevereiro/21.
O preço por tonelada embarcada (US$5,5 mil) cresceu 21,3% no mesmo período e, com isso, a receita média diária dos embarques foi de US$44,9 milhões, alta de 74,5% em relação à média de fevereiro do ano passado.
Esse cenário mostra que o “Tigre” faminto na China vai fazer arroba disparar, será? Ao que tudo indica, SIM. A retomada da China as compras e o término das festividades do Ano Novo Lunar, no dia 10, devem impulsionar ainda mais a demanda pela carne brasileira. Aliado a baixa oferta de animais, devemos observar uma nova alta para os preços da arroba ao longo deste mês.
Em relação aos animais destinados à exportação, principalmente para a China, o cenário é muito diferente, com preços sustentados em grande parte do país, até com tentativas de compra acima da referência média.
Giro do Boi Gordo pelo Brasil
- Com isso, em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 345.
- Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 307.
- Em Cuiabá, a arroba ficou indicada em R$ 307.
- Em Uberaba, Minas Gerais, preços a R$ 340 por arroba.
- Em Goiânia, Goiás, a indicação foi de R$ 310 para a arroba do boi gordo.
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Atacado
Já os preços da carne bovina seguem acomodados no atacado. Conforme Iglesias, a tendência de curto prazo ainda é de pouco espaço para reajustes, considerando a reposição mais lenta entre atacado e varejo no decorrer da segunda quinzena do mês, período que conta com menor apelo ao consumo. Além disso, a predileção do consumidor médio ainda recai sobre proteínas mais acessíveis.
Com isso, o quarto traseiro ainda é precificado a R$ 23,70 por quilo. A ponta de agulha seguiu no patamar de R$ 14,30 por quilo. O quarto dianteiro permaneceu com preço de R$ 15,50 por quilo.