Frigoríficos estão brigando pelo boi gordo, trazendo maior pressão de alta nos preços, diante da menor oferta de animais para abate e maior demanda!
Ao longo da última semana, o mercado físico do boi gordo registrou novos movimentos de alta entre as principais regiões pecuárias do País. Em São Paulo, referência para outras praças pecuárias, o valor máximo das boiadas estacionou em R$ 262,39, preço médio segundo a Agrobrazil. Arroba terá novo movimento de alta nesta semana? Confira abaixo!
“Com a entrada de massa salarial da população nesta primeira quinzena de outubro, frigoríficos tiveram suas escalas pressionadas pelo melhor ritmo de escoamento dos cortes bovinos aos atacados nacionais, atuando de forma firme nos negócios”, relata a IHS, justificando o movimento de novas valorizações no mercado pecuário.
Fechamento da semana
Em São Paulo – referência para outras praças do País –, o valor médio para o animal terminado chegou a R$ 262,39/@, nesta sexta-feira (09/10), conforme dados informados no aplicativo da Agrobrazil. Já a praça de Goiás teve média de R$ 250,83/@, seguido por Mato Grosso Sul com valor de R$ 250,64/@.
Já o Indicador do Cepea, voltou a registrar preços uma grande valorização nesta quinta-feira, atingindo o patamar de R$ 261,60 por arroba. Esse é o maior valor registrado pelo Indicador, desde a sua criação. O preço é recorde e traz grande otimismo para a próxima semana, já que diversos frigoríficos utilizam o Cepea como referência para suas negociações.
Nos contratos futuros de boi negociados na B3, o dia de ontem (últimos dados disponíveis) foi de altas entre os papéis com maior volume de negócios. Os contratos com vencimento para novembro/20 atingiram R$ 268,7/@, com valorização diária de 2,55%. Os contratos para dezembro/20 fecharam o dia em R$ 268,45/@, com alta de 3,65% sobre o dia anterior.
Preços da arroba terão nova alta nesta semana?
Depois de um feriado prolongado, com população capitalizada pela entrada da massa salarial e auxílio emergencial, o consumo de carne foi crescente, esvaziando os estoques dos atacadistas, o que deve pressionar os frigoríficos a ir as compras.
Além a maior presença de compradores, o avanço da arroba terá suporte na enorme escassez de oferta de animais terminados, que segue como principal limitador do avanço da liquidez no mercado.
As programações de abate na última semana pouco evoluíram. A dificuldade na aquisição de boiada continua barrando a evolução das escalas e, com isso, os preços se mantêm em firmes em grande parte do país.
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No curtíssimo prazo, devemos sim observar uma alta nos preços pagos pela arroba, já que o mercado de exportação segue aquecido e o mercado interno também busca evoluir no aumento do consumo. Fatores esses que devem fazer com que a arroba chegue aos R$ 270 nas praças paulistas, até o final desta semana.
Já no médio prazo, devemos observado no final do ano, período de entressafra, uma menor oferta de animais de pasto, já que a seca segue apertando e dificultando a engorda dos animais, por esse motivo, devemos ter uma arroba próximo dos R$ 300.