Exportações em alta e escassez de animais no mercado explicam comportamento da arroba do boi gordo; O que esperar dessa semana?
“Não há espaço para uma maior pressão baixista nos preços da arroba”. Esta é a análise da Informa Economics FNP para o atual momento da pecuária. Segundo a FNP, além da baixa oferta de animais prontos para abate, a forte atuação dos frigoríficos exportadores, que atendem o avanço da demanda da China pela proteína brasileira, tem ajudado a manter os preços do boi gordo em patamares firmes (e altos) nas principais regiões pecuárias do País.
No mercado doméstico, porém, a demanda de cortes bovinas continua inconsistente, devido ao clima de instabilidade ocasionado pelo prolongamento das medidas de isolamento social contra a propagação da Covid-19.
Como ficou o fechamento da semana na Agrobrazil
Os participantes do aplicativo da Agrobrazil informaram poucos negócios hoje, 22, lembrando do adiantamento do feriado em São Paulo, o que deixou muitos frigoríficos fora do mercado. O pasto secando é uma grande preocupação para o pecuarista.
Com destino a China, pecuaristas de Campo Grande/MS informaram negócios de R$ 182/@ à vista e abate para o dia 04 de junho. Já em Porangatu/GO, o preço foi de R$ 190/@ com prazo de 30 dias e abate para o dia 25 de maio. Em Presidente Bernardes/SP, tivemos preços de R$ 203/@ à vista e abate para o dia 03 de Junho.
Já a média para o estado de São Paulo, ficou cotada em R$ 198,22/@, com uma variação de preços entre R$ 194 e R$ 205/@. Já a média CEPEA, na contra mão do mercado, teve uma alta e ficou em R$ 203,55/@.
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O que esperar dessa semana?
Na avaliação da consultoria, o mercado da carne bovina deve apresentar uma reação mais significativa apenas no início de junho, com a entrada da massa salarial da população. Atualmente, no atacado, os valores dos principais cortes bovinos se mantêm estáveis.
“Apesar do baixo consumo de proteína no país, que limita a procura por carne para reposição das gôndolas nos supermercados, a redução dos abates nas indústrias tem ajustado a produção à demanda e, consequentemente, dado suporte para manutenção de preços firmes”, justifica a FNP.
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Por isso, no curtíssimo prazo, as indústrias devem trabalhar com escalas de abate encurtadas, adquirindo animais apenas para programações mais urgentes, devido ao receio de promover excedentes de carne bovina nas câmaras frigoríficas.