Durante a semana, preços do boi gordo registraram volatilidade; destaque para as valorizações nos preços das fêmeas. Preço irá subir nesta semana, veja!
Na última semana, o mercado físico do boi gordo registrou volatilidade nos preços da arroba. Na comparação com a semana anterior, a arroba se desvalorizou em São Paulo e no Mato Grosso do Sul, e subiu de valor nas praças do Pará, Rio Grande do Sul e Mato Grosso. Nas demais regiões, os preços ficaram estáveis, segundo levantamento da consultoria IHS Markit, sediada na capital paulista.
Mesmo depois do registro de algumas quedas, porém, as cotações das boiadas se mantêm firmes nas principais regiões produtores – em São Paulo, por exemplo, vale atualmente R$ 223/@, a prazo, valor máximo.
Fechamento da semana
O fechamento do indicador do Cepea fechou a semana valendo R$ 222,55/@. No app da Agrobrazil, a média pra a praça de São Paulo ficou em R$ 221,12/@, com preços variando de R$ 217 a R$ 225.
No mercado interno, em Mirante do Paranapanema/SP, o preço informado, para novilha gorda, foi de R$ 213/@ à vista e abate para o dia 22 de julho. Em Três Lagoas/MS, o preço informado foi de R$ 200/@ com 10 dias de prazo e abate para o dia 22 de julho. O boi padrão exportação, em Mococa/SP, o preço informado foi de R$ 225 a prazo com 7 dias e abate para a data de 22 de julho.
Safras & Mercado:
- São Paulo (Capital) – R$ 221,00 a arroba, estáveis na comparação com 09 de julho.
- Goiás (Goiânia) – R$ 211,00 a arroba, inalterados.
- Minas Gerais (Uberaba) – R$ 217,00 a arroba, ante R$ 214,00 a arroba, subindo 1,4%.
- Mato Grosso do Sul (Dourados) – R$ 212,00 a arroba, inalterados.
- Mato Grosso (Cuiabá) – R$ 198,00 a arroba, alta de R$ 1,00.
Em Minas Gerais, os negócios de boiada para abate foram fechados a valores maiores nesta sexta. A dificuldade de compra de matéria prima tem emplacado forte pressão altista no Estado.
No Pará, a arroba da vaca gorda se valorizou nesta sexta-feira. Pecuaristas da região conseguem especular cotações mais altas pelos animais a partir da estratégia de retenção nas propriedades. No Tocantins, os preços da boiada também subiram nesta sexta-feira sustentados pela baixa oferta de gado pronto para abate.
O que esperar dessa semana?
No último dia da semana, as indústrias atuaram cautelosas nos negócios, com receio de, diante da instabilidade no consumo doméstico de carne bovina, ocorrer a formação de excedentes de produto nas câmaras frigoríficas, informa a IHS Markit.
Escalas de abate enxutas e dificuldade na originaçãoda matéria-prima continua sendo tônica geral do mercado neste momento. Para os próximos dias, embora a segunda quinzena do mês seja de menor consumo de carne bovina no mercado interno, a abertura de bares e restaurantes são fatores positivos para o mercado.
Além disso, temos as exportações em bom ritmo, colaborando e dando sustentação às cotações.
Escalas de abate apertadas
Os compradores, na maior parte dos casos, operam com escalas de abate bastante apertadas e, no caso das plantas habilitadas para exportação, a necessidade de abate mantem um fluxo mais regular de aquisição para cumprir com os compromissos, o que explica, em parte, as valorizações na arroba em algumas praças pecuárias.
Retomada das atividades em São Paulo, volta de bares e comércio, trazem uma maior pressão da demanda interna, favorecendo a alta dos preços nesta segunda quinzena do mês!
Diante disso, a pressão de baixa nos preços da arroba que foram impostas nesta semana, acabaram travando as negociações, fator que deve contribuir para correção e maior demanda por parte dos frigoríficos que não completaram as escalas.
“Os preços no geral ainda denotam firmeza em grande parte do país. O spread entre animais destinados ao mercado doméstico e animais que cumprem os requisitos destinados ao mercado chinês se sustenta entre R$ 5 e R$ 10 por arroba”, diz o analista Fernando Henrique Iglesias.
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Segundo ele, a oferta de animais terminados permanece restrita, mantendo as escalas de abate encurtadas. “Além disso, a retomada das atividades na cidade de São Paulo estimulou a reposição ao longo da cadeia produtiva, motivando reajustes no atacado ao longo da primeira quinzena do mês. Ou seja, os elementos de firmeza ainda estão presentes no mercado pecuário brasileiro, havendo pouco espaço para queda no curto prazo”, afirma.
Entretanto, o momento é de muita cautela quanto as altas no mercado. Grande parte das indústrias pressionam o mercado para conter o avanço dos preços, principalmente em São Paulo. Diante disso, animais com destino a exportação deverão sofrer uma correção positiva nesta semana.