Preço da arroba estabiliza, mas o da carne recuou, diz Safras

Segundo a consultoria, alguns frigoríficos maiores conseguiram fechar escalas de abate suficientes para todo o mês de dezembro, o que reduz os negócios.

Os preços da arroba do boi gordo terminaram esta terça-feira, 17, entre estáveis a mais baixos. De acordo com o analista da Safras Allan Maia, o mercado segue buscando um ponto de equilíbrio após a disparada dos preços e a posterior correção.

Segundo ele, os frigoríficos de menor porte contam com escalas de abate apertadas e acabam pagando um pouco mais caro pelo boi gordo. “Por outro lado, os de maior porte estão em uma posição mais confortável e até mesmo com a programação de dezembro já fechada em certos casos, o que resulta em uma menor necessidade de compra de boiadas”, comunica.

O que diz a Scot Consultoria?

O lento escoamento de carne resultou na queda de preço da arroba do boi em 15 das 32 praças monitoradas pela Scot Consultoria na última terça-feira (17/12). 

As quedas mais expressivas foram nas regiões Sul de Minas Gerais e Goiânia, onde a cotação do boi gordo caiu 2,6% e 2,4%, respectivamente, na comparação feita dia a dia. 

Em São Paulo, a cotação do boi gordo ficou estável em R$203,00/@ à vista, bruto, R$202,50/@ com desconto do Senar, e R$200,00/@ com desconto do Funrural e Senar. Já os preços da vaca gorda e da novilha gorda caíram 1,3% e 1,6%, respectivamente, na comparação com o fechamento do dia anterior. 

Mesmo com a pouca oferta de boiadas, o mercado está pressionado. Os frigoríficos informam que estão prontos para a demanda do final de ano. 

Arroba do boi gordo nesta terça

  • São Paulo: R$ 200, estável
  • Minas Gerais: 191, estável
  • Mato Grosso do Sul: R$ 189, queda de R$ 1
  • Goiânia (GO): 189, estável
  • Mato Grosso: 183, queda de R$ 1

Atacado

Os preços da carne bovina caíram. “Prosseguiu o movimento de correção após as fortes altas das últimas semanas”, diz Maia.

A reposição entre atacado e varejo está desacelerando e a expectativa gira agora em torno da demanda no varejo no decorrer da segunda quinzena do mês, quando é esperado um aquecimento no consumo. “Mas os preços altos podem levar uma parcela das famílias a optarem por substitutos mais acessíveis, como a carne de frango e a carne suína”, assinala.

O corte traseiro teve preço de R$ 16 por quilo, ante R$ 16,50 por quilo na segunda-feira. A ponta de agulha caiu de R$ 11,70 por quilo para R$ 11,20 por quilo, enquanto o corte dianteiro diminui de R$ 11,50 por quilo para R$ 11,20 por quilo.

Compre Rural com informações do Canal Rural e Scot Consultoria

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