Pode não ser a melhor notícia para o pecuarista, mas também não é tão ruim; o preço da arroba do boi gordo estacionou em valores nos últimos dias
Após um dia de estabilidade no mercado físico do boi gordo, nessa terça-feira oito das dezessete praças monitoradas passaram por ajustes negativos nas cotações. Porém, na praça paulista, os preços continuam andando de lado com o boi comum valendo R$ 260,00/@, e o “boi China”, R$ 280,00/@. Na B3, o contrato vigente passou por ajustes negativos de 0,54%, fechando o dia em R$ 286,85/@. O valor parece que alcançou um teto que segue mantido já alguns dias.
No atacado paulista, os efeitos da segunda quinzena ainda atingem as distribuições, que nessa semana são consideradas fracas, registrando até mesmo a ocorrência de mercadorias estacionadas nos pátios de distribuidores. Ainda assim, todos os produtos com ossos permanecem com os preços inalterados, com a caraça casada do boi castrado sendo negociada a R$ 17,30/kg desde a última sexta-feira.
Junta o consumo sem impulso há bons anos com o mês de janeiro sempre pior – férias, gastos extras de fim de ano e compromissos chegando -, ainda têm a segunda quinzena, que deixa o consumo mais minguado. Mas, as mesmas chuvas abundantes que reforçaram os pastos até antes do que se esperava, fazendo muitos desovarem os animais, já deixam folga para o invernista a controlar a engorda mais rápida e segurar as vendas.
Está certo que os frigoríficos também não têm pressa, tanto que as escalas de programação de abates em São Paulo ainda estão nos 12 dias , segundo a Agrifatto, porém não encontram mais disposição do produtor em aceitar bagatela. Nesta terça (24), além de ser um dia com maio número de negócios, em virada de mês e véspera da chegada dos salários, pode mostrar algum resultado melhor.
Inclusive, viu-se boa quantidade de promoções nos supermercados – contando até o pouco comum fim de semana -, de cortes com ossos, e, quem sabe, servirão para uma nova busca do varejo por reposição de estoques.
Com informações da Agrifatto e da Scot.
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