Segundo informações da SCOT Consultoria, há ofertas em R$300,00/@ para o “boi China”, mas com poucos negócios confirmados.
No mercado físico do boi gordo, três praças monitoradas passaram por ajustes positivos, MG, MS e PR, enquanto duas passaram por queda nos preços, BA e RO. Já em São Paulo as cotações se mantiveram estáveis, sendo assim, o boi comum continua valendo R$ 280,00/@, e o “boi China”, R$ 300,00/@, com escalas na média de oito dias. Na B3, o contrato com vencimento para fev/23 fechou o dia em R$ 301,00/@, com um ligeira valorização de 0,08%.
No entanto, esse ainda é o teto dos preços neste momento, com dificuldades de avançar acima dessas cotações.
No mercado internacional, importadores chineses vêm demonstrando um pouco mais de cautela nas compras devido aos altos preços ofertados, mesmo com a demanda interna ainda aquecida. Já na Europa, a demanda acompanha com dinamismo a valorização dos preços, sendo essa uma notícia animadora para o Brasil que vem aumentando suas exportações para o continente
A movimentação cambial e a potencial valorização dos preços em dólar pagos pela tonelada da carne bovina no mercado internacional são fatores importantes que podem colaborar para esse movimento, disse o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias.
No Centro-Norte do país, o mercado ainda conta com maior volume de animais ofertados, no entanto com preços acomodados durante a semana, sem a pressão de queda que estava presente em semanas anteriores. O grande problema ainda é a diferença na formação de receitas entre frigoríficos que atuam apenas no mercado doméstico e aqueles que exportam, em especial para a China.
Os frigoríficos exportadores têm muito mais fôlego para pagar valores maiores pela arroba do boi gordo, completou.
- Em São Paulo, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 296.
- Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 267.
- Em Uberaba, Minas Gerais, preços a R$ 297 por arroba.
Diferença entre boi e vaca bate recorde
A pecuária mato-grossense registrou na passagem de dezembro do ano passado para janeiro, a maior diferença da série histórica entre o preço da arroba do boi e da vaca, destacam os analistas do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).
No fechamento de janeiro foi registrado recuo de 2,08% e de 2% nos preços do boi e da vaca, respectivamente, quando comparados ao registrado em dezembro do ano passado. Os indicadores se fixaram na média de R$ 246,40/@ e R$ 232,54/@ nesse intervalo.
“Essa pressão ocasionou o maior ágio observado entre as cotações das arrobas do boi e da vaca já registrado pelo Imea, número que ficou acima dos R$ 15/@ em dezembro/22 e janeiro/23. Esse alongamento foi reflexo do maior recuo no preço das fêmeas, principalmente nas regiões nordeste e norte de Mato Grosso, onde o ágio fixou-se em R$ 15,56/@ e R$ 15,30/@ em janeiro/23, na mesma ordem”, explicam.
Os maiores valores foram registrados nas regiões centro-sul e sudeste (R$15,95/@ e R$ 15,88/@, respectivamente), por serem as localidades que detêm as maiores cotações da arroba do boi gordo no Estado, o que impulsiona o distanciamento do preço da vaca.
A elevada oferta de bovinos de reposição no mercado refletiu em uma forte pressão baixista nos preços desses animais. Em janeiro/23, o bezerro de ano foi comercializado a R$ 2.276,05/cab, o que representa uma desvalorização de 12,53% ante dezembro/22. No mesmo sentido, o boi gordo voltou a recuar após a alta sazonal observada no final de 2022 e fechou janeiro/23 com média de R$ 246,40/@ (-2,08% no comparativo mensal).
Com informações da SCOT Consultoria, Agrifatto e IMEA
Quer ficar por dentro do agronegócio brasileiro e receber as principais notícias do setor em primeira mão? Para isso é só entrar em nosso grupo do WhatsApp (clique aqui) ou Telegram (clique aqui). Você também pode assinar nosso feed pelo Google Notícias
Não é permitida a cópia integral do conteúdo acima. A reprodução parcial é autorizada apenas na forma de citação e com link para o conteúdo na íntegra. Plágio é crime de acordo com a Lei 9610/98.