A oferta de boi gordo segue sobressaindo a demanda doméstica por carne bovina, que retraiu ainda mais nessa segunda quinzena de agosto
O indicador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq-USP), fechou a última semana em R$ 199,75 por arroba à vista. Pela primeira vez em três anos e três meses, o valor de referência para o boi caiu abaixo de R$ 200/@. A última vez que esse indicador registrou esse patamar foi em 18 de maio de 2020, com o preço nominal do boi gordo cotado a R$ 194,90 por arroba.
Preço pré-pandemia. Em 11 de março de 2020, a COVID-19 foi caracterizada pela OMS como uma pandemia, naquele mês de março o preço praticado da arroba do boi estava na casa dos R$ 200@.
A tendência de queda no valor da arroba neste ano é atribuída à oferta ampliada de bovinos destinados ao abate no primeiro semestre. Esse cenário ocorre de maneira atípica devido à demanda fraca no mercado físico por parte dos frigoríficos, o embargo chinês e à competitividade de outras proteínas no mercado interno, que tem custo mais competitivo em relação à carne bovina.
Cenário para esta semana
Com discreto aumento de vendas no atacado, o boi gordo experimenta um cenário menos agressivo após semana de turbulência e constantes quedas. Em São Paulo, o animal pronto para abate encerrou a semana cotado à R$ 204,30/@, com valorização diária de 0,4% e acúmulo de queda de 3,3 ante sexta passada. Na B3, os contratos futuros tomaram outro rumo e encerraram a sexta-feira em maioria com valorização, ênfase para set/23 que foi o único abaixo de R$ 200,00/@, precificado em R$ 199,55/@ e alta diária de 1,79%.
A oferta de boi gordo segue sobressaindo a demanda doméstica por carne bovina, que retraiu ainda mais nessa segunda quinzena de ago/23, devido ao menor poder aquisitivo da população. Com isso, as escalas avançaram em quase todos os estados e a média nacional subiu para 12 dias úteis, alta de 2 dias no comparativo semanal, sendo o maior patamar desde set/22, o que dificulta uma recuperação do boi gordo no curto prazo.
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