As negociações abriram a semana buscando um novo recorde e a alta de preço, nas 23 praças pecuárias, deixa a indústria com “escala fantasma”.
O mercado físico de boi gordo registrou preços predominantemente mais altos nesta segunda-feira, 22, com boiada gorda escassa pressiona o mercado e abre a semana com alta em 23 praças. Indústria tenta pressionar com “escala fantasma”, mas sem sucesso na concretização das negociações. Segundo os relatos, algumas negociações acima da referência média foram registradas no primeiro dia da semana. O preço de R$ 325,00/@ já começa a surgir no radar!
Apesar da redução de demanda no mercado interno na segunda quinzena de novembro, a oferta de animais deve continuar ditando os preços da arroba. Cotações da arroba do boi avançaram mais que as da carne e margens dos frigoríficos recuaram. O preço de R$ 325,00/@ já começa a surgir no radar!
A dificuldade em compor as escalas de abate está ditando o comportamento do mercado. Algumas indústrias frigoríficas tentaram se retirar das compras e ou ofertar valores abaixo da referência, escalando animais para dezembro. Porém, a manobra da “escala fantasma” não assusta os pecuaristas que são informados que as escalas de abate atendem, em média, cinco dias.
O Indicador do Boi Gordo/CEPEA, voltaram a subir em novembro, teve nova disparada de preços e arroba salta de R$ 314,15/@ para R$ 315,90/@ nesta segunda-feira, acumulando uma valorização de quase 22,87% no mês de novembro. Só no mês de novembro a alta já chegou a R$ 56,51/@, apoiado na baixa oferta de boiada gorda. Veja o gráfico!
Em São Paulo, na comparação com a última sexta-feira (19/11), a cotação do boi gordo subiu R$3,00/@, a da vaca gorda R$5,00/@ e a da novilha gorda R$4,00/@, apontou a Scot Consultoria em seu relatório diário. Com isso, o boi gordo está sendo negociado em R$315,00/@, a vaca gorda em R$290,00/@ e a novilha gorda em R$302,00/@, preços brutos e a prazo.
Segundo o app da Agrobrazil, os preços na praça paulista estão variando de 312,00/@ a R$ 320,00/@. A melhor negociação, informada neste domingo, ficou para Rancharia/SP, com preço pago de R$ 320,00/@ na boiada gorda, com pagamento no prazo de 7 dias e abate no dia 25 de novembro.
Já outras consultorias e analistas de mercado, apontam para uma grande pressão dos pecuaristas que, com certeza, devem conseguir negociações de até R$ 325,00/@ para essa semana. Os frigoríficos ainda operam com escalas de abate encurtadas. Contudo, não parecem dispostos a pagar ainda mais pela arroba do boi gordo. A lacuna na oferta continuará sendo o grande fator de sustentação dos preços do boi gordo no curto prazo
Este fato contribui para que a cotação da arroba se mantenha firme, na casa dos R$ 320,00/@ para a maioria dos negócios que se concretizaram nesta segunda-feira. Na B3, o contrato futuro de boi gordo com vencimento para nov/21, encerrou dia cotado em R$ 317,85/@, sem alterações significativas no comparativo diário.
Em relação à China, mais uma semana se inicia sem um parecer por parte do grande importador de carne bovina brasileira. “O avanço das negociações com a Rússia precisa ser celebrado. Entretanto, o potencial de consumo é muito diferente do chinês”, ponderou Iglesias da Safras & Mercado.
Do lado da demanda externa, o analista aponta que os Estados Unidos estão comprando bons volumes da carne brasileira e devem continuar demandando nos próximos meses. O “processo” americano contra a carne brasileira deve demorar e quando acontecer a China já terá retomado os embarques, assim dizem os analistas!
Giro do Boi Gordo pelo Brasil
- Com isso, em São Paulo, capital, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 318 na modalidade à prazo, contra R$ 314 na sexta-feira (19).
- Em Goiânia (GO), a arroba teve preço de R$ 300, estável.
- Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 310, inalterada.
- Em Cuiabá (MT), a arroba ficou indicada em R$ 294, ante R$ 291.
- Em Uberaba, Minas Gerais, preços a R$ 320 por arroba, contra R$ 316 – R$ 317 por arroba.
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Atacado
Os preços da carne seguem subindo no atacado. Os frigoríficos tentam repassar o aumento dos custos com a aquisição da matéria-prima para os preços da carne. “Entretanto, o movimento ainda ocorre de maneira menos agressiva, na comparação com a intensidade dos aumentos no preço da arroba do boi”, disse Iglesias.
Assim, o quarto dianteiro foi precificado a R$ 15,50 por quilo, alta de R$ 1. A ponta de agulha foi precificada a R$ 14,90 por quilo, alta de R$ 0,75. O quarto traseiro seguiu com preço de R$ 22,75.