
Entidades, como a Farsul e Abraleite, pedem mecanismos de política pública para cadeia leiteira; Grupo de produtores luta junto do movimento!
Farsul, Fetag e Conseleite-RS encaminharam documento para a Ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Tereza Cristina, pedindo atenção à situação da cadeia leiteira no estado.
As entidades solicitam algumas medidas para buscar amenizar a grave crise que atinge o setor, especialmente pelo impacto da estiagem no primeiro trimestre do ano que afetou negativamente a produção de grãos e a formação das pastagens, problema que retornou nos últimos meses. No ofício, também é ressaltada a entrada de leite em pó e outros produtos lácteos do Mercosul, sobretudo da Argentina.
As entidades solicitam a execução de mecanismos de política pública como forma de amenizar o quadro. Os pedidos estão divididos em dois cenários. O primeiro trata diretamente do produto leite e seus derivados, que necessita de ação imediata, já o segundo visa os custos de produção no início de 2021.
Para a produção leiteira, o pedido é que sejam utilizadas as seguintes ferramentas, Aquisições do Governo Federal (AGF), Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e Compra Direta da Agricultura Familiar (CDAF) como meio de enxugar a oferta de produtores e suas cooperativas.
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Em relação aos custos de produção, a demanda é de ações que minimizem a forte aceleração dos últimos meses, como Prêmio para o Escoamento de Produto (PEP) e Prêmio Equalizador Pago ao Produtor (PEPRO), aumentando a oferta de milho e soja nas regiões produtoras de ração para produção de leite.
Para isso, a solicitação é que os recursos sejam disponibilizados em fevereiro de 2021 para que possam ser utilizados logo no início da colheita da safra de verão.
Mapa avalia, mas ainda não decidiu sobre suspensão da importação de lácteos
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) avalia a reivindicação de suspensão temporária das importações de produtos lácteos, feita pela Abraleite e reforçada por outras entidades. No entanto, até a noite desta quarta-feira 11, não decidiu nada sobre o assunto. “O pedido ainda está sendo analisado pelas áreas técnicas do Mapa”, informou a assessoria de comunicação do ministério.
Na semana passada, a Abraleite pediu ao governo federal a suspensão temporária das importações de produtos lácteos. Segundo a associação, as expressivas compras de produtos lácteos de outros países, nos últimos meses, ameaçam provocar um grave desequilíbrio na cadeia produtiva de leite do Brasil.
Em nota, a Abraleite alerta que está sendo criada uma “tempestade perfeita para um desmonte sem precedentes na pecuária de leite, com oferta artificial excessiva de leite importado, queda de renda do consumidor com a redução do corona voucher, aumento de impostos e insumos nas alturas”.
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De acordo com a Abraleite, “o momento é extremamente delicado, com aumento generalizado de custos dos principais insumos utilizados, especialmente os alimentos concentrados, em um mercado inteiramente doméstico, que não conta com o hedge natural das cadeias exportadoras de proteína animal”.
Além da Abraleite, a OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras), a Fecoagro Leite Minas e a Fetag/RS também pediram ao governo providências em relação à importação de produtos lácteos.
Com informações da Farsul e AgroemDia