O título remete ao grande discurso dos que não entendem do assunto, ambientalistas e ativistas, e desafio algum deles a apresentar alguma solução viável que não a caça do javali. Vejam os prejuízos!
Durante a década de 90, esse animais foram introduzidos no Brasil, onde seriam criados para produção e comercialização de sua carne exótica. Entretanto, por não haver um manejo e controle desses criatórios por parte dos responsáveis e fiscalizadores, os animais acabaram se tornando praga para no país.
A reprodução dos animais é muito rápida e em grande escala, principalmente pela falta de controle de população. Em média, a gestação deles dura cerca de 4 meses e uma matriz pode ter até duas ninhadas por ano, dependendo dos níveis de cruzamento e dos recursos disponíveis (comida, água, abrigo, entre outros).
O prejuízo econômico
O setor do agronegócio é um pilar de sustentação da economia brasileira e um grande gerador de empregos, mas amarga prejuízos incalculáveis com a grande instabilidade que esses animais causam no campo.
Segundo o coordenador de sustentabilidade da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Nelson Ananias Filho, as varas, muitas vezes formadas por mais de cem animais, são capazes de consumir a lavoura de forma sistemática e gerarem perda total da área. Além da pecuária, pequenos animais, como cordeiros, ovelhas e bezerros, também são ameaçados.
Quem mais sofre são os pequenos produtores, já que suas plantações representam, na maior parte, o único sustento da família.
Em regiões do sul, onde a população é maior, cerca de 200 mil animais, já gerou uma perda estimada de 40% das lavouras de milho. Esse reflexo na economia é certo, já que será ofertada uma menor quantidade do produto no mercado, causando maior competição entre compradores e aumento do custo para o consumidor final.
Além disso, os javalis são um reservatório de doenças que podem acometer os porcos domésticos. Os javalis também são uma ameaça ao status sanitário para a população, já que carregam o carrapato estrela, causador da doença letal conhecida como febre maculosa.
Liberação da caça
Uma grande vitória para o setor agropecuário veio esse ano, uma mudança na legislação da caça aos javalis, trouxe uma comemoração em todo território onde esse animal causa prejuízos. Infelizmente, isso trouxe também um movimento contra a liberação.
O estado de São Paulo, onde tivemos um grande movimento sobre o tema durante o ano de 2018, com um cenário de “libera caça e proíbe a caça”, encontrou grande apoio do IBAMA e do atual governador para pode combater de uma vez por todas esses animais.
Além disso, o atual presidente, Jair Bolsonaro, assinou um decreto essa semana, facilitando e aumentando a munição dos caçadores que já possuem registro. Segundo a norma vigente, está liberado também o uso de cães para realização da caça dos javalis.
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O maior problema de toda essa história é que, na maior parte, as leis são feitas por quem não vive o problema no dia a dia e não sabe o prejuízo que esses animais causam no bolso do produtor. Junto a tudo isso, existe um movimento dos “ambientalistas” que dizem que o problema é o ser humano e não os animais.
Por tanto, para finalizar, peço ajuda dos companheiros do campo para, juntos, divulgarmos esse material e o desafio para os ambientalistas: ” mostrar uma solução viável para controle da espécie que não seja a caça”.