Venda recorde de silo-bolsa ajuda a amenizar o déficit de armazenamento no Brasil; 61% dos produtores dizem não ter infraestrutura para guardar os grãos
Uma pesquisa inédita realizada pela Confederação Nacional da Agricultura (CNA), através da Esalq-Log (USP), revela que 61% dos produtores rurais ouvidos em todas as regiões do Brasil não possuem infraestrutura de armazenamento de grãos. Os dados fazem parte do amplo estudo “Diagnóstico da Armazenagem Agrícola no Brasil” sobre uma das principais atividades primárias da logística, fundamental para a competitividade do agro brasileiro.
O estudo mostra ainda que o ganho econômico médio de 40,8% dos produtores que têm capacidade de armazenamento foi, nas últimas três safras, entre 6% e 20%, comparado ao preço médio na época de colheita. Isso porque os volumes da safra de soja e da segunda safra de milho tendem a ter um benefício econômico em uma janela de comercialização tardia, consequência da dinâmica de reajustes de preços.
Rose Branco, gerente comercial da Silox, marca do Grupo Nortène líder no fornecimento de silo-bolsas no mercado brasileiro, lembra também que a perda de qualidade dos grãos é outro problema causado pelo déficit de armazenamento. “Muitas vezes os grãos ficam em locais inadequados e até a céu aberto após a colheita, comprometendo a qualidade. Isso certamente faz com que a classe produtora seja obrigada a escoar rapidamente a produção, enfrentando gargalos logísticos, fretes altos e vendendo em um momento que não seja tão oportuno”, comenta.
Oportunidade com o silo-bolsa
A Nortène, através da Silox, está comemorando uma marca importante nesta safra, tanto para a empresa como para este cenário de dificuldade de armazenagem no país. Os silo-bolsas alcançaram 50 mil unidades vendidas, com faturamento em torno de R$ 100 milhões no ano safra, número recorde e com crescimento constante. A gerente pontua que a solução está disponível no mercado brasileiro desde 2018 e já foi comercializada a outros 30 países.
Alternativa que pode atuar em paralelo ao silo estático, o silo-bolsa tem entre os benefícios o menor custo de instalação e manutenção, maior flexibilidade em capacidade e localização e melhor conservação da qualidade dos produtos armazenados. É adequado para armazenar diversos produtos agrícolas, como grãos (milho, soja, trigo), forragens (capim, feno) e silagem. “Somos a principal fabricante e acreditamos que esse sucesso nas vendas está atrelado ao nosso trabalho como especialistas na solução e aos nossos clientes recorrentes que confiam na marca e indicam nossos produtos”, destaca a profissional.
A pesquisa da CNA ouviu 1.065 produtores e com relação ao silo-bolsa, 26,8% disseram que utilizam a opção para armazenar até 10% da produção, 22,4% entre 11% a 25% e outros 22,4% guardam entre 26% a 50%. Dessa forma, a marca Silox acredita que tem contribuído para reduzir o déficit. “Nosso trabalho envolve capacitação constante da equipe e desejamos mostrar para o mercado o potencial que temos para diminuir ainda mais a falta de armazenagem”, finaliza a gerente comercial.
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