Segundo agricultor, mais de 20 policiais estiveram no local e revistaram casas; Ação foi coordenada e teve a prisão de um integrante do MST. Veja!
Mais de 20 policiais fizeram uma operação no acampamento Quilombo Campo Grande, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) no município de Campo do Meio, no sul de Minas Gerais, no começo da manhã desta quinta-feira (30). Segundo informações, a operação foi coordenada e em acordo com a Justiça, que já emitiu a nota para despejo e reintegração de posse.
Segundo relatos de acampados, os agentes entraram nos imóveis que ficam no limite da sede, armados de fuzis e pistolas, “quebrando portas e janelas”. Eles prenderam o acampado Celso Augusto, conhecido como Celsão. O que mais chama atenção na descrição dos fatos, relatados pelos integrantes do MST, é a que tudo que foi feito é um “absurdo feito com truculência”, mas eles nunca aceitam quando são eles os invasores, que sejam ditos esses termos. Veja você e tire suas conclusões.
“Sete carros de polícia entraram nos nossos acampamentos, invadiram a casa do nosso companheiro Celso. Esse companheiro tem problemas psiquiátricos, mora conosco e nós cuidamos dele há quase 20 anos. Coagiram ele, foram quebrando janela, arrebentando a porta e [Celsão] acabou sendo preso e levado pela polícia”, relata Tuira Tule, da coordenação do MST.
A PM também entrou na casa do acampado João da Silva, conhecido como Joãozinho. Ele afirma que houve ameaças e truculência.
“Tive minha casa invadida, fuviaram minha casa toda. Teve um menino que passou mal, eu também não fiquei bom. Minha mulher também esteve ruim. Vou pedir para o governo do estado ou federal: na hora que quiser mandar a polícia lá em casa, manda uma pessoa sozinha, porque nós não devemos nada à polícia”, clama o acampado.
A ação ocorre em meio a uma ordem de despejo da vila de moradores e da escola do acampamento, emitida pela Justiça estadual mesmo sob decreto de calamidade pública em Minas Gerais, por causa da pandemia de coronavírus.
A decisão descumpre acordo firmado em mesa de diálogo sobre conflitos de terra, para que as famílias permanecem no local ao menos enquanto houvesse necessidade de isolamento social, ainda segundo o MST.
Despejo
A ação de reintegração de posse prevê a retirada da vila de moradores e da estrutura da Escola Popular Eduardo Galeano, que oferece educação popular aos jovens, crianças e adultos. Durante a pandemia, a escola tem cumprido o papel de acompanhar as crianças que estão em regime de educação a distância.
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No acampamento Quilombo Campo Grande residem 450 famílias, que produzem o café Guaií. São mais 20 anos de resistência e construção da reforma agrária popular na área.
Se foi determino pela justiça o despejo e reintegração de posse, que esse seja feito. Casa ainda tenha opções de recorrer quanto a decisão, que seja realizado em comum acordo com a lei imposta no país. Não estamos aqui defendendo A ou B, estamos apenas justificando e que seja cumprida a lei em qualquer parâmetro.
Com informações do Brasil de Fato