A base da contaminação por salmonela foi advinda, portanto, segundo a PF, do concentrado alimentício dos animais (premix).
A Polícia Federal divulgou há pouco resultado do inquérito judicial mostrando, segundo laudos técnicos, que houve dolo da BRF no caso da Operação Trapaça que resultou da descoberta de salmonela em aves de abatedouros da empresa.
Encaminhado à 1a Vara Federal Criminal de Ponta Grossa (PR), o parecer da PF diz “haver adulteração dolosa na composição das fórmulas de rações e premix, o uso em processo industrial de elementos proibidos em território nacional, e, inclusive, a detecção de resíduos tóxicos de potencial cancerígeno em produtos da BRF”.
A base da contaminação por salmonela foi advinda, portanto, segundo a PF, do concentrado alimentício dos animais (premix).
O inquérito instaurado em 20 de fevereiro deste ano e que agora chegou ao final, aponta também “existência de fraude operada por funcionários do Grupo Merieux, com a finalidade de alterar substancialmente os resultados de análises microbiológicas, quando positivados para a presença de patógenos”.
Executivos do BRF e do referido laboratório investigado teriam combinado adulterações de exames, mesmo depois de positivado a ocorrência de salmonela.
Segundo o laudo do técnicos de PF e do Mapa, a BRF também agiu perigosamente “inserido no mercado consumidor, ao menos em dez estados da federação, produtos positivados com a bactéria Salmonella Typhimurium, ocultando do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento tanto a positividade da detecção quanto seu aproveitamento irregular, em clara violação aos normativos legais”.
Fonte: Noticias Agrícolas