Resultados foram conquistados mesmo com desvalorização de insumos e apesar do recuo no preço do suíno vivo.
Apesar do forte recuo no preço do suíno vivo negociado no mercado independente, o poder de compra do suinocultor frente aos principais
insumos de alimentação consumidos na atividade – milho e farelo de soja – aumentou em abril, devido às desvalorizações ainda mais expressivas desses produtos.
Na média do mês, o animal vivo foi comercializado a R$ 6,59/kg na região SP-5 (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba), recuo de fortes 9,9% em relação à média de março. A queda no preço do suíno esteve atrelada à baixa liquidez das vendas da carne nos atacados, o que, por sua vez, levou frigoríficos a diminuírem o ritmo de aquisições de novos lotes. Além disso, os feriados do mês de abril (nos dias 14, Sexta-feira Santa, e 21, Dia de Tiradentes) reforçaram a menor demanda por animais, tendo em vista que frigoríficos trabalharam com menos dias de abate.
No mercado de milho, segundo a Equipe Grãos/Cepea, diante da necessidade de liberação de espaço nos armazéns, de “fazer caixa” e também de aproveitar os atuais valores do cereal, produtores brasileiros elevaram a disponibilidade doméstica, sendo também mais flexíveis nos preços de venda e nos prazos de pagamento e de entrega. Compradores, contudo, estiveram afastados das aquisições, à espera de novas desvalorizações, fundamentados na possível colheita recorde da segunda safra deste ano.
Diante disso, em abril, o Indicador Esalq/BM&FBovespa (Campinas, SP) do milho teve média de R$ 74,85/saca de 60 kg, recuo de 11,8% frente a março. Quanto ao farelo de soja, ainda conforme a Equipe Grãos/Cepea, embora o Brasil esteja exportando volume recorde de soja e derivados, a oferta doméstica ainda está acima da demanda. A safra 2022/23 segue surpreendendo os sojicultores, diante das produtividades recordes na maior parte das regiões brasileiras. Com isso, o derivado foi negociado em Campinas à média de R$ 2.406,68/t em abril, retração de 9,9% em relação à registrada no mês anterior.
Assim, considerando-se o suíno negociado na região SP-5 e os insumos comercializados no mercado de lotes da região de Campinas, o suinocultor paulista pôde comprar 5,3 quilos de milho com a venda de um quilo de animal em abril, quantidade 2,7% maior que a de março. De farelo de soja, o suinocultor conseguiu adquirir 2,74 quilos, 0,2% acima do adquirido em março.
Fonte: Assessoria Cepea
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