Poder de compra de fertilizante pelo agricultor brasileiro aumenta, diz Mosaic

Com o resultado apurado em novembro, o indicador sinalizou que o agricultor teve, no mês passado, a melhor relação de troca desde julho.

O Índice de Poder de Compra de Fertilizantes (IPCF) fechou em 0,95 em novembro, sinalizando uma melhora na capacidade do agricultor brasileiro de adquirir adubos, disse a Mosaic, citando ganhos nos preços da soja e do milho.

Quanto menor o IPCF, melhor é a relação de troca de produtos agrícolas por fertilizantes para o agricultor. Em outubro, o índice divulgado mensalmente pela Mosaic Fertilizantes estava em 1,02, maior nível mensal do ano.

Com o resultado apurado em novembro, o indicador sinalizou que o agricultor teve, no mês passado, a melhor relação de troca desde julho (0,87).

Durante o período, enquanto os preços de alguns fertilizantes tiveram queda, as cotações de importantes produtos agrícolas subiram em função de adversidades climáticas no Brasil.

A Mosaic apontou queda média de 3% para os adubos em relação a outubro, liderada pela ureia (-12%), seguida pelo KCl (cloreto de potássio), com -4%. O MAP (fosfato monoamônico) subiu cerca de 2% e o SSP (superfosfato) se manteve estável em relação a outubro, segundo informações citadas pela Mosaic em nota.

Também considerado para o cálculo do índice, o preço das commodities agrícolas subiu cerca de 4% em relação ao mês anterior.

“A alta foi liderada pelo milho (7%), tendo em vista que a preocupação com a janela de plantio da segunda safra brasileira está fazendo os preços aumentarem e serem, de certa forma, sustentados em patamares um pouco melhores do que nos meses anteriores”, disse a Mosaic.

Com o atraso na safra de soja por conta da seca e calor no centro-norte, ficou mais apertada a janela para o plantio do milho, o que tem levado consultores a reduzir as estimativas de área plantada para o cereal em 2024.

A Mosaic disse ainda que o preço da soja subiu 6% entre outubro e novembro, “pois a falta de chuva vem impactando a produtividade em algumas regiões produtoras no país. Por fim, também houve alta nos preços da cana-de-açúcar (2%) e do algodão (1%).

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ℹ️ Conteúdo publicado por Myllena Seifarth sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira

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