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Com todas as especificações técnicas atendidas para uso em vias públicas, resta à Goodyear dar escala à produção de seu pneu inovador; O pneu é feito de óleo de soja, cabo de aço e casca de arroz e roda até 500 mil km
Pneu vegano? Pneu de arroz e soja da Goodyear passou em testes para venda, o anuncio foi feito pela própria empresa em 2023. Depois de prometer pneus com durabilidade de até 500 mil km, a Goodyear apresentou, o primeiro pneu com 90% de materiais sustentáveis em sua composição, como óleo de soja e casca de arroz. O projeto da fabricante é ter um produto 100% sustentável até 2030.
O descarte de pneus é um dos causadores de problemas como a proliferação de microplásticos pelos oceanos. Uma forma de amenizar essa questão é capturando e reaproveitando o que antes seria lixo, transformando isso em matéria-prima para os compostos; algo em que a Goodyear vem investindo pesado.
Após anunciar pneu feito de arroz que promete durar 500.000 km, a marca apresentou uma invenção um pouco menos ambiciosa, mas que já está bem mais próxima de ser vendida. Os pneus-conceito recém-mostrados utilizam 90% de materiais reciclados, além de contribuir para a captura de poluentes da atmosfera.
Para chegar aos 90% de materiais sustentáveis, a Goodyear diversos itens inusitados, confira:
Carbon Black – item usado como reforço no composto do pneu e ajuda a aumentar sua vida útil. Ele é produzido a partir da queima de vários derivados do petróleo. No caso da Goodyear, o composto usa a queima de metano, dióxido de carbono, óleo vegetal e óleo de pirólise de pneus em fim de vida.
Óleo de soja – fundamental para manter a flexibilidade dos pneus em mudanças de temperatura. Apesar de quase 100% da proteína ser usada em alimentos ou ração animal, há um excedente do óleo que pode ser usado em outras aplicações industriais.
Sílica – normalmente utilizado para melhorar a aderência e reduzir o consumo de combustível. No caso do novo pneu da Goodyear, a sílica é extraída de resíduos de casca de arroz que geralmente são descartados.
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Poliéster – apesar de comum na composição dos pneus, neste caso é retirado de garrafas já utilizadas. O processo reverte o poliéster em produtos químicos de base e é utilizado em cordões de pneus.
Resinas – outro item comum em pneus, mas a Goodyear trocou a tradicional om base de petróleo para resinas biorrenováveis de pinheiro.
Arames e cabos de aço – responsáveis pelo reforço da estrutura, no pneu da Goodyear a diferença está no processo de produção, já que é utilizado Fornos Elétricos a Arco (FEA), que podem reduzir a emissão de gases do efeito estufa.
Segundo a Goodyear, a novidade já atende às especificações técnicas necessárias para ser vendida, o que o torna tecnicamente apto para o uso em vias públicas. Isso só não acontece por conta da cadeia de suprimentos da marca, que ainda não conseguiria fornecer as matérias-primas necessárias em volume adequado.
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A grande novidade do pneu 90% sustentável está no negro de carbono (ou negro de fumo), um derivado do petróleo utilizado para reforçar e baratear pneus modernos. O negro de carbono convencional gera intensa poluição ao ser fabricado, mas aqui o processo se inverte: são quatro negros de carbono diferentes, oriundos de pneus velhos, metano, dióxido de carbono e óleos vegetais. Uma escolha que, afirma a Goodyear, reduz as emissões de carbono ao mesmo tempo que dá uso ao que antes seria lixo.
Também há uso do óleo de soja, que substitui outros derivados do petróleo na função de manter os pneus flexíveis o suficiente em diferentes temperaturas. O óleo aproveitado, alegadamente, vem de estoques ociosos de fazendas e criadouros.
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Os experimentos com o pneu de arroz também valem para o novo produto, que usará a casca do cereal para reduzir a resistência à rolagem da borracha (melhorando o consumo) ao mesmo tempo que melhora a aderência dos compostos.
Nessa mistura, também entram resinas extraídas de pinheiros e poliéster obtido de garrafas plásticas, sempre de olho em menos petróleo. As cintas de aço são produzidas a partir de um processo com consumo de energia reduzido.
Com tanta complexidade, é compreensível que a Goodyear ainda não consiga produzir tais pneus em larga escala. O novo produto chegará em algum momento entre 2023 e 2030 — datas em que chegam os pneus 70% e 100% sustentáveis, respectivamente. O uso de derivados de petróleo, ainda que reciclados, deve cessar totalmente em 2040.
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