Plantio do trigo está quase concluído no Rio Grande do Sul, diz Emater

A redução da nebulosidade e o aumento da luminosidade favoreceram o desenvolvimento mais vigoroso das plantas.

Foi concluído o plantio do trigo na metade Oeste do Estado. Em função da melhoria das condições climáticas dos últimos períodos, a semeadura do trigo foi retomada nas regiões em atraso, especialmente na metade Leste, e alcança 94% da área projetada para esta safra que, conforme a Emater/RS-Ascar, é de 1.312.488 hectares. A produtividade prevista é de 3.100 kg/ha.

De acordo com o Informativo Conjuntural, divulgado nesta quinta-feira (25/07) pela Emater/RS-Ascar, a redução da nebulosidade e o aumento da luminosidade favoreceram o desenvolvimento mais vigoroso das plantas e o aumento da concentração de clorofila, conferindo um verde mais intenso e uniforme às lavouras de trigo no Estado, além de melhorar de forma significativa seu aspecto geral, estimulando o perfilhamento e o crescimento foliar.

Educação na base da pirâmide do agro

Em termos fitossanitários, observa-se o aparecimento de manchas foliares em algumas áreas, e os trabalhos se concentram no manejo preventivo e curativo com fungicidas. Na Região Noroeste, onde o cultivo do trigo está mais antecipado, é realizado o controle de ervas daninhas, de pulgão e lagarta. As temperaturas mais elevadas no período favoreceram a aplicação de herbicidas seletivos para o controle de azevém e de plantas dicotiledôneas nas lavouras.

Aveia branca

O retorno do clima seco e a presença de sol têm favorecido a recuperação da cultura. As lavouras apresentam-se em condições variáveis, mas de modo geral satisfatórias. Cerca de 90% estão em desenvolvimento vegetativo, 8% em floração e 2% em enchimento de grãos. A Emater/RS-Ascar estima área cultivada de 365.590 hectares, e a produtividade está projetada em 2.402 kg/ha.

Canola

A melhoria nas condições climáticas, especialmente o aumento do número de horas de insolação, favoreceu a recuperação das lavouras, que, de modo geral, apresentavam um desenvolvimento aquém do esperado. Atualmente, 82% das lavouras encontram-se em desenvolvimento vegetativo, 15% em floração e 3% em enchimento de grãos. Nesta safra, a Emater/RS-Ascar projeta 134.975 hectares cultivados, e a produtividade em 1.679 kg/ha.

Em função das condições ambientais propícias, diversas práticas de manejo cultural foram realizadas, como pulverização de fungicidas e de inseticidas nas lavouras semeadas precocemente, aplicação de herbicidas para o controle de plantas daninhas nas lavouras semeadas tardiamente, e a realização de adubação nitrogenada em cobertura.

Cevada

A semeadura está em fase de conclusão, e as lavouras, em germinação e desenvolvimento vegetativo. Há expectativa de que o aumento da incidência de radiação solar favoreça a recuperação das áreas que apresentavam desenvolvimento inicial insatisfatório. A projeção inicial de cultivo da cultura é de 34.429 hectares, e a produtividade de 3.245 kg/ha.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Erechim, onde se concentra a maior área de produção do Estado, o plantio foi finalizado, e as lavouras semeadas recentemente estão em emergência. No entanto, o clima úmido e a baixa insolação prejudicaram o desenvolvimento inicial de algumas áreas, resultando em crescimento aquém das expectativas dos produtores. Observa-se também alta incidência de folhas amareladas e manchas foliares nas lavouras. Na última semana, foram realizados tratos culturais com ênfase no controle de plantas daninhas e na aplicação de adubação nitrogenada.

Olerícolas

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, em Itaqui, os produtores de alface relatam alta procura nos mercados. Em razão da melhoria das condições climáticas, principalmente maior disponibilidade de radiação solar, os produtos apresentam adequado padrão para comercialização. Em São Gabriel, os cultivos em estufas não foram afetados pelas geadas.

Na de Ijuí, as condições climáticas permitiram a realização dos tratos culturais, semeadura e transplantio das culturas em sistema de cultivo a campo. Em ambientes protegidos, as plantas estão se recuperando em razão da boa luminosidade, porém alguns cultivos de folhosas que sofreram estiolamento ainda apresentam recuperação demorada e parcial. Segue aquecida a demanda por mudas e sementes para o estabelecimento de áreas de cultivo, tanto para consumo das famílias quanto para a comercialização.

Na de Pelotas, a produção de olerícolas segue afetada pelas condições ambientais, mas observa-se leve melhora. Também são realizadas as atividades de preparo do solo, semeadura, transplante, tratos culturais e colheita. As temperaturas mais amenas contribuíram para o desenvolvimento da maioria das espécies de hortaliças, melhorando a qualidade do produto a ser colhido, principalmente alface, rúcula, salsa, cebolinha e brócolis, cuja oferta também se elevou. Foi finalizada a colheita de milho-verde e milho-doce. Para as próximas semanas, há tendência para o aumento de preços de alguns produtos, como batata-doce, pimentão e tomate em função do final da safra. Em Rio Grande, os agricultores retomam lentamente a produção e a oferta de produtos, que ainda está impactada pelos eventos climáticos de maio e junho. Atualmente, os produtores estão conseguindo comercializar alface e couve-folha.

Fonte: Emater/RS-Ascar

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ℹ️ Conteúdo publicado por Myllena Seifarth sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira

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