Um dos princípios fundamentais para otimizar o rendimento na agricultura é assegurar o desenvolvimento de plantas com potencial produtivo
Portanto, é crucial que os agricultores adiram às práticas recomendadas no processo de plantio. A avaliação e o planejamento cuidadoso do momento mais apropriado para a semeadura do material genético selecionado são elementos essenciais para garantir que a semente atravesse todas as etapas de germinação e dê origem a uma planta altamente produtiva. Ademais, este conteúdo aborda outros fatores pertinentes que podem ser explorados.
A busca por uma semeadura bem-sucedida e o estabelecimento uniforme de plantas de alto desempenho na produção agrícola brasileira representam um desafio primordial para os agricultores.
Quando falamos de ambiente de semeadura e emergência de plantas de alto potencial eu costumo dizer que o agricultor tem duas opções: utilizar o vigor para estabelecer plantas de alta performace no campo com alta produtividade e alta uniformidade ou utilizar o vigor das sementes para superar limitações. Alexandre Gazolla
Nesse contexto, compreender que pequenas modificações ao longo do processo de produção desempenham um papel vital, como a escolha apropriada da variedade, o uso de sementes de alta qualidade nos aspectos genéticos, físicos, fisiológicos, sanitários e visuais, seleção de um ambiente de produção adequado, solo livre de compactação e com estrutura adequada, e a eficaz gestão de elementos que possam reduzir a produtividade, são fatores cruciais para assegurar elevadas taxas de rendimento de grãos.
A semeadura correta começa no manejo da sua entressafra
A preparação adequada para a semeadura começa durante o manejo da entressafra. Não negligencie o controle de plantas daninhas nesse período, já que a presença de algumas ervas invasoras pode prejudicar o estabelecimento inicial da cultura, competindo por luz, água e nutrientes.
Além disso, ao controlar as plantas daninhas, você indiretamente contribui para o controle de pragas, pois essas ervas podem servir como hospedeiras para insetos nocivos.
É fundamental realizar uma análise do solo para determinar as necessidades específicas, como correção de acidez, adição de gesso, fertilização suplementar, entre outras medidas. Antes de efetuar a semeadura propriamente dita, não se esqueça de ajustar adequadamente o equipamento.
O grande desafio no estabelecimento dos campos de produção reside na criação de fileiras de plantas uniformemente distribuídas, evitando a formação de grupos de plantas e as áreas vazias. Nesse sentido, durante o processo de semeadura, é imperativo garantir condições ideais, como temperatura e umidade do solo, além de assegurar a profundidade uniforme para a deposição das sementes no sulco. O êxito nessa etapa está intrinsecamente ligado à qualidade das sementes utilizadas e à gestão do sistema de produção ao longo dos anos, fatores que impactam diretamente na capacidade de estabelecimento inicial da cultura e, consequentemente, nas demais fases fenológicas até a colheita.
Diversos fatores críticos que merecem atenção estão relacionados com a profundidade uniforme da semeadura, a temperatura do solo no nível da deposição das sementes, a disponibilidade de água no solo, o manejo da palhada e o fechamento e compactação do sulco de semeadura.
“Os agricultores precisam tomar decisões sobre a qualidade das sementes, seja para lidar com condições adversas no ambiente de semeadura ou para desenvolver plantas de alto desempenho.”
Nesse cenário, várias limitações podem surgir devido a problemas na gestão da palha do cultivo anterior ou das plantas de cobertura. É crucial compreender que, para permitir que o mecanismo de corte da semeadora realize um corte preciso da palha, seguido pela abertura do sulco, é necessário garantir um período mínimo para a decomposição dessa matéria orgânica.
Pesquisas recentes têm demonstrado uma redução significativa na variação das sementes e das plantas em áreas onde o manejo da palha foi realizado com o rolo-faca. O período ideal para essa prática varia conforme o tipo de solo, a relação carbono/nitrogênio da palha e o uso de mecanismos, como o rolo-faca, para acomodar a palha sobre o solo e criar um ambiente propício para a germinação e o desenvolvimento das plantas. Em geral, resultados satisfatórios com o rolo-faca são obtidos quando esse manejo é feito de 40 a 50 dias antes da semeadura.
Após a emergência das plantas na área de produção, é crucial monitorar as fases iniciais para identificar pragas, doenças, plantas daninhas e possíveis limitações que possam afetar o estande de plantas e, consequentemente, a rentabilidade da lavoura.
Principais fatores limitantes na emergência das plantas incluem:
- Qualidade inferior das sementes
- Profundidade de semeadura inadequada
- Compactação superficial do solo
- Excesso de ingrediente ativo e calda no tratamento de sementes na fazenda
- Deriva de herbicidas aplicados em áreas próximas
- Resíduo de herbicidas no solo
- Temperaturas extremas do solo
- Umidade insuficiente ou excessiva no solo
- Seleção incorreta do tipo de disco de corte ou desgaste do equipamento
- Acúmulo excessivo de palha sobre o solo, dificultando o processo de corte da palha e a distribuição uniforme das sementes pela semeadora
- Escassez de palha sobre o solo, afetando a temperatura e a disponibilidade de água no solo
- Ocorrência de chuvas em um intervalo de tempo igual ou inferior a 16 horas após a semeadura
- Ataques de pragas e doenças durante o processo de germinação e emergência.
ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Ana Gusmão sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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