Piscicultor perde mais de 20 toneladas de peixes no interior de São Paulo; Departamento Municipal de Meio Ambiente coletou amostras das águas para que seja realizada uma análise
Infelizmente na semana em que se comemora o Dia Mundial da Água, nos deparamos com está cena triste nas águas do Rio Marinheiro, na região de Cardoso, distante 100 quilômetros de São José do Rio Preto. Na última segunda feira (21) os pescadores começaram a perceber alguns peixes mortos nas margens do rio. Com o passar dos dias a situação se agravou ainda mais com o aumento significativo do número de peixes mortos.
Além do prejuízo ambiental, tomamos conhecimento de que um piscicultor, que possuía uma grande criação tilapias em tanques. Com essa tragédia, o piscicultor teve um prejuízo estimado em 1 milhão e meio de reais. Estima-se que o mesmo perdeu mais de 20 toneladas por conta da mortandade dos peixes. O produtor possui 48 tanques, e foi constatado a morte de 100% de toda sua produção.
A prefeitura de municipal da cidade de Cardoso, prestou todo o suporte necessário disponibilizando pá carregadeira e caminhões para a remoção dos peixes para que fosse realizado o descarte em local apropriado. Por sua vez o Departamento de meio ambiente coletou de amostra da água para que seja realizada uma análise.
Considerando que não se sabe as causas dessa tragédia os representantes da cidade recomendaram aos pescadores do Rio Marinheiro o DESCARTE todos os peixes capturados a partir da última segunda feira, dia 21 de março.
Apuração e possíveis causas
Possivelmente o próximo passo será instaurar uma investigação, gerida pela Polícia Ambiental, afim de encontrar a causa da morte dos peixes. Normalmente a polícia cogita três possibilidades para explicar a situação. A primeira seria a abertura das comportas de alguma usina hidrelétrica próxima ao local das mortes, a abertura pode ter levantado sedimentos e algas, prejudicando a qualidade da água e contribuído para o resultado. A segunda, foi a utilização de algum defensivo agrícola em propriedade às margens do reservatório e que possa ter sido levado pelas chuvas até o lago.
A terceira, alguma intervenção no ambiente aquático, com a utilização de produtos químicos a fim de combater a propagação de algas naquele meio.
A meta é coletar amostras da água e resíduos sólidos para análise, e assim tentar identificar os motivos da mortandade de peixes. Caso surjam indícios de uma eventual ação criminosa, as informações serão encaminhadas à Delegacia de Polícia e ao Ministério Público para análise e adoção de eventuais providências.
Confira os vídeos gravados por pescadores: