Pesquisas avançam e suplementação do gado de corte torna-se aliada do pecuarista

Entenda a importância da suplementação dos bovinos de corte no período da estiagem por falta de pastagens; empresa investe em tecnologia para fornecer produtos de qualidade para o gado de corte

Com melhoramento genético animal, atenção à nutrição, à sanidade e ao manejo eficiente, a pecuária brasileira cresce em produtividade, qualidade e respeito ambiental em todas as regiões do país. Porém as mudanças climáticas como o aumento da temperatura média e a escassez de chuva tem impacto direto na redução da qualidade da pastagem.

Segundo uma pesquisa da Universidade de São Paulo (USP), um dos efeitos da mudança no clima é a redução da qualidade da pastagem, que se tornará menos proteica, mais fibrosa e, portanto, de digestão mais demorada. De acordo com o pesquisador do Departamento de Biologia da USP em Ribeirão Preto, o professor Carlos Alberto Martinez Y Huaman, como consequência o gado precisará consumir mais alimento para alcançar o peso de abate.

Além disso, estamos entrando em uma época do ano onde a escassez do pasto é algo a ser convivido na maior parte do Brasil e diante disso, muitos pecuaristas acabam perdendo dinheiro com o chamado efeito “BOI SANFONA” onde os animais iniciam o inverno com excelente desempenho, mas com a continuidade da seca, acabam perdendo a “gordurinha que tinham ganhado”.

Para não depender apenas do pasto, o pecuarista deve fazer um planejamento para o período seco preparando alimento para o gado na época em que o pasto não é suficiente para a nutrição do animal como silagem ou feno. Mas, caso o pecuarista não tenha se programado, pode utilizar tecnologias nutricionais para sanar o problema.

A estratégia alimentar adotada na propriedade é um dos definidores do sucesso ou do fracasso da atividade. Cada vez mais há consciência de que o caminho da lucratividade e da sustentabilidade passa pela intensificação principalmente na nutrição e, para isso, existe hoje no mercado das mais diversas tecnologias e cabe ao produtor e aos técnicos serem criteriosos no uso destas tecnologias, sempre buscando aquelas que trarão a melhor relação benefício x custo.

Quem tem acompanhado de perto essas mudanças é a Integral Mix, uma das líderes em nutrição animal do país, desenvolvendo produtos com alta tecnologia a fim de compensar e mitigar a redução da qualidade da pastagem. Recentemente a empresa inaugurou em Paragominas (PA) o Centro Integral de Nutrição de Pecuária de Corte (CINPEC), onde irá desenvolver pesquisas dedicadas a avaliar o consumo mineral e dieta total, além de fornecer insights sobre o ganho de peso dos animais participantes das avaliações.

Composta por médicos veterinários, agrônomos e zootecnistas, a equipe do CINPEC busca implementar as melhores práticas de manejo nutricional tanto em sistemas de confinamento quanto em pastagens. As pesquisas com nutrição animal, em especial de bovinos de corte, testam novos ingredientes, aditivos, dietas, condições ambientais, sanitárias entre outras.

De acordo com Marcos Lima, diretor da Integral Agroindustrial, a iniciativa desempenha um papel crucial ao realizar pesquisas e desenvolver soluções nutricionais e sanitárias que promovem o avanço sustentável e produtivo da pecuária brasileira. “O CINPEC contemplará processos importantes com alta tecnologia para fornecer as melhores análises em rastreabilidade, controles e análises de matérias-primas, garantindo resultados de impactos transformadores para o setor” – finaliza o executivo.

touros nelore po no cocho comendo proteinado
Foto: Fazenda São José – Rochedo (MS)

Estratégias alimentares para gado de corte

Segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o fornecimento de minerais para bovinos de corte, a pasto ou estabulados é uma das práticas nutricionais mais importantes na atividade. Em levantamento realizado as concentrações em pastagens de importantes minerais como Na, Zn, Cu e P estiveram abaixo do necessário para cumprimento dos requerimentos nutricionais de um bovino em mais de 70% das amostras coletadas. Este fato, aliado à importância no crescimento e produtividade animal, justificam a suplementação mineral nas condições brasileiras de produção.

O sal mineral com ureia é uma das principais formas de suplementação no período seco e a alternativa de suplementação de menor investimento na seca. O objetivo é a manutenção de peso dos animais no período, para isso é necessário que haja boa disponibilidade de forragem, ainda que de baixa qualidade. A Integral Mix tem o produto certo para essa indicação, MIX N 14% PLUS, suplemento mineral com ureia, pronto uso destinado a bovinos de corte no período da seca.

“O consumo recomendado é de aproximadamente 100g/UA, sendo cerca de 30% dessa quantidade de ureia. O espaço linear de cocho recomendado é de, no mínimo, seis centímetros por animal. A utilização inadequada de ureia causa intoxicação, podendo levar o animal à morte. Portanto, não se deve fornecer ureia para animais em jejum e/ou muito magros e é imprescindível a realização de adaptação dos bovinos ao consumo de ureia”, sugere a Embrapa. 

A mistura múltipla, mais conhecida como proteinado, é a alternativa de suplementação que costuma ter a melhor relação custo-benefício. Em pastagens com boa disponibilidade forrageira e lotação de 1 UA/ha, possibilita ganhos de peso em torno de 200 a 400 g/cabeça/dia. Neste caso o produto indicado é o MIX E-PRO 25 PLUS da Integral Mix.

Segundo a Embrapa o proteinado tem maior custo que o sal com ureia, porém como também é fornecido em baixa quantidade por animal (1 a 2 g/kg de PV), essa suplementação torna-se mais facilmente viável do ponto de vista econômico. O espaço linear de cocho recomendado para o fornecimento do proteinado é de 12 a 15 cm por animal. E, o abastecimento do cocho com o proteinado deve ser realizado com a maior frequência possível, dentro das possibilidades de cada estabelecimento.

Já o semiconfinamento é uma outra alternativa para intensificar a terminação de bovinos de corte a pasto. Considerado um meio termo entre o confinamento e a suplementação estratégica, esta prática tem se tornado cada vez mais comum pela menor necessidade de infraestrutura, quando comparada ao primeiro e por melhores desempenhos zootécnicos, quando comparada ao último. Para o semiconfinamento a empresa oferece o BOVIMIX CORTE 18, ração peletizada indicada para bovinos de corte em fases de engorda e terminação em sistemas de criação confinados ou semiconfinados.

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Foto: Embrapa

Pesquisas são essenciais para o setor pecuário 

O mercado busca compreender detalhadamente a origem e a qualidade da carne bovina que está sendo consumida pensando na sustentabilidade do meio ambiente. Portanto, grande parte das pesquisas com nutrição são relacionadas a melhorias da eficiência e conversão alimentar, aditivos redutores de gases do efeito estufa, entre outras variáveis de igual importância. 

“A Integral acredita que a nutrição é algo dinâmico e que precisamos ter sempre essa busca pela atualização. A pesquisa é uma ferramenta de evolução. A gente mantém um corpo técnico focado para interpretar essa dinâmica tecnológica e traduzir essa informação em produtos que possam chegar ao mercado e entregar o resultado esperado. Procuramos, de forma constante, desenvolvimento tecnológico, seja nas formulações, na maneira de produzir esse alimento, trazendo para a necessidade do nosso cliente. Mantemos uma relação próxima com universidades e centros de pesquisas que nos ajudam a calibrar e desenvolver os nossos produtos para o mercado. Essa é uma linha que a gente mantém e acredita que é um caminho para garantir a manutenção do nosso crescimento”, explica Marcos Lima, diretor da Integral Mix.

Essas pesquisas são fundamentais para a pecuária. Ao investir nelas, os produtores entendem melhor o ambiente de trabalho, ajustando suas práticas conforme novas descobertas. Isso não só aumenta a eficiência e a produtividade, mas também permite estratégias mais adequadas à produção real, criando um ciclo de melhorias contínuas. 

Essa importância vai além das fazendas individuais, as pesquisas são a base para o desenvolvimento sustentável e o progresso da pecuária em geral. Ao valorizar a pesquisa e a inovação, as fazendas não só se destacam na competição, mas também desempenham um papel vital na construção de um setor pecuário mais forte e responsável.

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