De acordo com o estudo, o valor movimentado na safra 23/24 atingiu US$ 686 mi, um aumento de 12% em comparação ao mesmo período de 22/23.
O Brasil está avançando rapidamente na adoção de bioinsumos, segundo uma pesquisa divulgada recentemente pela consultoria Kynetec durante o evento BioSummit, em Campinas (SP). Conforme o estudo, o valor movimentado nesta safra atingiu US$ 686 milhões, um aumento de 12% em comparação ao mesmo período de 22/23. O potencial de área plantada (PAT) aumentou 24%, totalizando 58,16 milhões de hectares, o que corresponde a 36,4% da área plantada do país.
Entre os estados brasileiros, o Ceará lidera no uso de produtos biológicos por área cultivada, com 90%, seguido pelo Piauí (72%), Rondônia (55%) e Bahia (54%). Mato Grosso registrou 48% de uso na área plantada, enquanto Tocantins e Goiás têm 47% cada. Em Mato Grosso do Sul e São Paulo, o índice é de 39%, e em Minas Gerais, 38%. O Rio Grande do Sul apresenta um dos menores percentuais, com 11%.
Os dados são resultados de um estudo realizado em 2022 cidades, com a participação de cerca de 85 pesquisadores que entrevistaram 14.500 agricultores. A pesquisa também revelou que os produtores que utilizam bioinsumos aplicam esses produtos em 85% da área total de suas propriedades.
“Os fisioativadores não concorrem com fungicidas e inseticidas, mas entregam uma planta mais saudável para a aplicação dessas químicas. No fim das contas, a planta com menos estresse passa a precisar de uma menor quantidade de agrotóxicos. A consequência imediata é um menor custo para o produtor. O papel dos insumos, por fim, é tentar enganar a planta, fazendo com que não produza efeitos de degradação. Dessa forma, ela fica mais ativa. Com o aceleramento do processo de maturação, o vegetal aumenta a produção de herdeiros. Outro benefício desses produtos é que aumentam a produção de substâncias de proteção que impedem o avanço de pragas e doenças”, afirma Luiz Gustavo Floss, engenheiro agrônomo com especialização em Administração Rural, mestrado em Produção Vegetal e consultor da Fertsan.
Feitos a partir de polissacarídeos de origem marinha, os fisioativadores da Fertsan proporcionam o pleno desenvolvimento da planta, estimulando um profundo processo de estruturação, desde as raízes aos grãos. Dessa forma, criam defesas naturais e conseguem resistir a situações de estresse, pragas e fenômenos naturais, como chuva e calor intensos. Mais fortes, as plantas dispensam o uso de agrotóxicos e outros insumos agressivos ao meio ambiente.
De acordo com a pesquisa da Kynetec, o investimento médio por hectare foi de US$ 22,3. Do valor total movimentado, 47% dos investimentos foram destinados ao cultivo de soja, 29% ao milho e 18% à cana. As áreas potenciais de cultivo, segundo o estudo, são 51% para soja, 27% para milho e 16% para cana.
Autor: Rebento Comunicação
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ℹ️ Conteúdo publicado por Myllena Seifarth sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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