A mastite ambiental afeta a glândula mamária das vacas, causando inflamação, dor, queda na produção de leite e pesados prejuízos econômicos.
A pecuária leiteira requer cuidados especiais, pois a produtividade e o bem-estar dos animais estão muitas vezes associados ao clima e às condições do ambiente. No verão, época marcada pelo clima quente e de fortes chuvas, a proliferação de bactérias é rápida e muitas vezes silenciosa. Este é o cenário perfeito para a proliferação das mastites. “Fazemos a distinção da mastite em duas espécies: a contagiosa e a ambiental, sendo a segunda a mais frequente, pois o rebanho fica suscetível à contaminação por bactérias presentes nas fezes e urina”, analisa o médico-veterinário Thales Vechiato, da Pearson Saúde Animal.
A mastite ambiental afeta a glândula mamária das vacas, causando inflamação, dor, queda na produção de leite e pesados prejuízos econômicos. Ela é provocada por bactérias presentes no ambiente, como _Escherichia coli_, _Klebsiella pneumoniae_ e _Streptococcus uberis_. Já a mastite contagiosa surge em consequência do contato entre glândulas mamárias, que pode ocorrer por meio do equipamento de ordenha ou das mãos dos ordenadores.
“Outra distinção entre mastite clínica e subclínica: na primeira os indícios de inflamação são fáceis de identificar e podem manifestar diversos sintomas, como aumento da temperatura corporal, inchaço, rigidez e desconforto nas glândulas mamárias. Em infecções mais intensas, são frequentes dificuldade respiratória, pressão arterial baixa, fraqueza e falta de apetite. Já no caso da mastite contagiosa, os indícios não são tão aparentes, pois não há modificação na glândula mamária nem na aparência do leite. Por isso, pode passar despercebida. Nessas situações, há aumento da contagem de células somáticas e mudanças nos níveis de caseína, cálcio, gordura e lactose”, explica o médico-veterinário.
Para identificar se o animal está com mastite subclínica, são feitos testes, como o CMT (California Mastitis Test). Segundo a Embrapa, o experimento consiste na reação entre a amostra de leite e o reagente (CMT) ao ser misturados. Há formação de gel quando o resultado é positivo. Como o resultado do teste é baseado na formação de gel, quanto mais afetado estiver o quarto mamário mais gelatinosa fica a mistura.
“Independentemente dos casos, é necessário adotar estratégias que auxiliam o combate a essas infecções. Para isso, a Pearson disponibiliza em seu portfólio Tilofor 20%, que tem como princípio ativo a tilosina, antibiótico que impede as bactérias de produzir proteínas, o que as torna sensíveis ao produto. Outra solução é Newmast, formulado com flumetasona, neomicina e espiramicina. Ele tem amplo espectro de ação e atua sobre os principais agentes causadores de mastite em bovinos. Seu uso deve ser feito no tratamento da mastite aguda ou crônica em vacas em lactação causada por _Staphylococcus aureus_, _Streptococcus agalactiae _e _Escherichia coli_”, detalha Thales Vechiato.
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ℹ️ Conteúdo publicado por Myllena Seifarth sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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