Em Pelotas, na região com maior número de bovinoculturas de leite, a ocorrência de chuvas provocou o retorno do desenvolvimento das forrageiras.
As condições adversas do tempo seguem prejudicando o desenvolvimento das pastagens e afetando a oferta de alimentos para as criações. Muitos produtores do Rio Grande do Sul que planejaram a implantação de pastagens ao longo do verão não conseguiram fazer a semeadura por falta de condições adequadas. O resultado é a baixa oferta de forrageira para os rebanhos. Mesmo nos locais com pastagens cultivadas já estabelecidas, o impacto da estiagem afetou também a realização da adubação, prejudicando a manutenção das plantas.
As áreas de campo nativo continuam sem oferta de espécies forrageiras, e restam somente plantas não forrageiras ou de baixo valor nutricional, facilitando ainda mais a invasão e o estabelecimento de espécies exóticas, que são mais adaptadas ao ambiente adverso.
Em Bagé, a oferta de pastagens está cada vez mais reduzida, assim como a disponibilidade de água para os animais. Em Quaraí, foram registradas queimadas em áreas de campo nativo, com comprometimento de aproximadamente 620 hectares, segundo o Corpo de Bombeiros local.
Em Caxias do Sul, existem áreas com pastagens em excelente desenvolvimento, enquanto, em outras praticamente paralisadas. Em Pelotas, na região com maior número de bovinocultures de leite, a ocorrência de chuvas provocou o retorno do desenvolvimento das forrageiras. Já nas áreas mais ao sul e a oeste, onde não foram registradas precipitações, houve agravamento da baixa oferta de pasto.
Em Soledade, a continuação da ocorrência de chuvas esparsas beneficiou a melhora na oferta de forragem nos campos nativos e nas pastagens cultivadas. Em Erechim, apesar do crescimento das pastagens favorecido pelas precipitações, a oferta de alimentos ainda está abaixo das necessidades das criações, principalmente para as matrizes leiteiras.
Em Santa Maria, a estiagem tem afetado o desenvolvimento das pastagens e em Santa Rosa, nas áreas sem registro de chuvas em janeiro, praticamente não há mais oferta de forragem. A pouca umidade no solo inviabiliza a formação de novas pastagens cultivadas.
Em Frederico Westphalen, as pastagens perenes de verão reagiram com o retorno das chuvas, mesmo que esparsas. Porém, o cenário ainda é de falta de pastos e de água. Em Ijuí, as forrageiras anuais de verão estão antecipando o ciclo e já apresentam emissão de flores. Houve registro de aumento da incidência de pulgões nas culturas do capim sudão e sorgo forrageiro, que necessitam de maior monitoramento e controle.
Milho
Em Passo Fundo, a estiagem também tem comprometido parte significativa das lavouras de milho destinadas à produção de silagem, diminuindo a massa total produzida e a qualidade do produto armazenado.
Fonte: ClimaTempo
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