Com o acúmulo de lama nas fazendas, teremos um ambiente com alta umidade e propício para a proliferação das bactérias causadoras de mastite.
O fim do período seco e a chegada das águas é motivo de alegria para muitos pecuaristas, pois é neste período que teremos uma maior oferta de capim, que poderá ser utilizado como alimento para os animais.
Porém, com a chegada das chuvas, alguns problemas sanitários no rebanho podem ocorrer e causar alguns prejuízos produtivos e econômicos. Alguns desses problemas que podem acometer o rebanho leiteiro são: problemas de casco, pneumonias em bezerros, problemas com carrapatos e, talvez, o maior desses problemas, a mastite.
Então vamos falar um pouco mais sobre ela. A mastite é uma inflamação na glândula mamária, que pode ser causada por microrganismos, agentes químicos irritantes ou traumas físicos, e pode aparecer em duas formas: mastite clínica, que é a que conseguimos observar alterações no leite e no animal, como a presença de grumos no leite, inchaço no úbere, apatia e febre no animal dependendo do grau dessa mastite. E sua outra forma é a mastite subclínica, esta não conseguimos observar alterações a olho nu. Para identificarmos é apenas com a análise do leite em laboratório, ou através do teste CMT (California Mastitis Test) na fazenda, que consiste na mistura do reagente CMT no leite, e de acordo com a viscosidade da mistura, sabemos se o animal tem um caso subclínico ou não.
E qual a relação dessa doença com o período chuvoso?
Com o acúmulo de lama nas fazendas, teremos um ambiente com alta umidade e propício para a proliferação das bactérias causadoras de mastite, fazendo assim com que os casos dessa doença sejam maiores neste período.
Por isso é importante estarmos atentos a alguns pontos:
- Cuidado com o local onde os animais estão ficando, evite deixa-los em locais com acúmulo de lama e sempre que possível, retire o excesso de lama dos locais onde eles estão, seja com enxada, carroça, trator ou qualquer outra forma.
- Olhe como esses animais estão chegando na ordenha. A lavagem do úbere com água não é recomendada, pois durante a ordenha essa água com a sujeira pode escorrer e cair nas teteiras, contaminando o leite. Porém se o animal estiver muito sujo, a lavagem apenas dos tetos pode ser feita.
- O teste da caneca de fundo preto deve ser feito todos os dias. Através dele podemos identificar a presença de grumo no leite dos animais com casos clínicos e iniciar o tratamento imediatamente, evitando que o quadro se agrave.
- Utilize pré e pós dipping, soluções antissépticas utilizadas antes e depois da ordenha para a desinfecção do teto.
- Faça o teste CMT pelo menos uma vez por mês. Com ele, conseguiremos identificar os animais com mastite subclínica e fazer uma linha de ordenha, separando estes animais para serem ordenhados por último, assim, evitando uma contaminação cruzada com os animais sadios.
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A mastite é certamente um dos maiores problemas dentro da propriedade leiteira nesse período das águas e pode causar grandes prejuízos para o pecuarista. Por isso, devemos estar sempre atentos e tomando os devidos cuidados para evita-la e, se necessário, combate-la.
Fonte: araguaia
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