De acordo com a Emater-RS, o estado registrou perdas de 2,7 milhões de toneladas de soja e 15 mil suínos.
Entre 30 de abril e 24 de maio, as chuvas devastadoras no Rio Grande causaram estragos em mais de 206 mil propriedades rurais, levando a perdas na produção e na infraestrutura, além de deixar 34,5 mil famílias sem acesso à água potável. A Associação Riograndense de Empreendimentos de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater/RS-Ascar) revelou esses dados em seu relatório.
Embora a Emater-RS não tenha especificado os prejuízos financeiros ao setor agropecuário devido às enchentes, a Confederação Nacional dos Municípios (CNM) estimou que as perdas ultrapassaram os R$ 3,3 bilhões para o agronegócio gaúcho.
Durante o período chuvoso, 9,1 mil localidades no RS foram afetadas, levando 78 municípios a declararem estado de calamidade pública, principalmente no Vale do Taquari e na Região Metropolitana de Porto Alegre, enquanto outros 340 estão em situação de emergência.
No meio rural, 19,1 mil famílias sofreram danos em suas propriedades, incluindo casas, galpões, armazéns, silos, estufas e aviários. Além disso, aproximadamente 200 empreendimentos familiares na agroindústria foram prejudicados, e mais de 4,5 mil comunidades rurais estão enfrentando dificuldades para escoar a produção.
Em relação à produção agrícola, as perdas afetaram principalmente a soja, com 2,71 milhões de toneladas perdidas, seguida pelo milho, arroz e feijão. As estimativas de produção foram drasticamente reduzidas devido às áreas afetadas pelas chuvas, resultando em uma nova projeção de produção para o estado.
A produção pecuária no Rio Grande do Sul também sofreu um impacto severo, requerendo um longo período para se recuperar. Cerca de 3.711 criadores gaúchos foram significativamente afetados pelas perdas de animais.
O maior número de baixas foi registrado entre as aves, totalizando 1.198.489 animais adultos. Além disso, houve perdas consideráveis de bovinos para corte (14,8 mil cabeças) e para produção de leite (2.451 cabeças), suínos (14,7 mil animais), peixes (937 toneladas) e abelhas (16 mil colmeias).
Na fruticultura, as culturas mais atingidas foram os citros, nas regiões dos Vales, a banana, nas encostas da Serra do Mar, e a maçã, nos Campos de Cima da Serra, afetando um total de 8.381 propriedades.
O secretário estadual de Desenvolvimento Rural (SDR), Ronaldo Santini, destacou a magnitude da tragédia e a necessidade de ações e políticas públicas para auxiliar os agricultores familiares e recuperar as áreas produtivas. Já o titular da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), Giovani Feltes, ressaltou a importância de trabalhar em conjunto com os setores e entidades para reconstruir essa área produtiva vital para a economia local e nacional.
Escrito por Compre Rural
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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Ana Gusmão sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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