Perdas de feijão no Paraná passam de 60 mil toneladas

De acordo com o Departamento de Economia Rural (Deral), quase metade das lavouras do estado do Paraná estão prontas para a colheita do feijão mas, aparentemente, as chuvas não dão tréguas.

Essa situação, contudo, não deve influenciar em uma “disparada de preços” do produto, como destaca Marcelo Lüders, presidente do Instituto Brasileiro do Feijão (IBRAFE). Segundo Lüders, a oferta ainda é superior à demanda em um mês que, com as férias, costuma ter uma movimentação mais tranquila de velocidade de vendas. O volume disponível no mercado é suficiente para atender o momento

Feijão-carioca

Perdidas todas as lavouras. Este tipo de afirmação sempre deve ser tomada com muita cautela. Depois de chover tantos dias seguidos, como vem acontecendo nas lavouras do Paraná, algo que raramente acontece nesta época, torna-se muito difícil diferenciar lavouras danificadas, mas que ainda poderiam ser colhidas como comerciais, e as totalmente perdidas.

Há lavouras que estavam prontas para a colheitas e a cada dia, com as chuvas diárias, mais lavouras se perdem. Das estimadas 374.000 toneladas esperadas, é possível que as perdas possam ter chegado até agora a cerca de 20%. O restante ainda poderia vir a ser colhido com inúmeros problemas de qualidade, se a chuvas parassem agora. Mas há chance de tomarem um rumo pior, uma vez que os meteorologistas continuam prevendo mais uma semana de chuvas.

Com reportagens na tv, o comprador do supermercado vai ficando mais maleável para aceitar inevitáveis correções no preço. Isso ocorrerá com os consumidores também. Enquanto isso não ocorre, produtores mais experientes e que por acaso têm Feijões 8 ou melhor vão negociando aos poucos seus estoques.

Feijão-preto

Os empacotadores já estão entendendo que as previsões meteorológicas para a próxima semana implicaram no recrudescimento das dificuldades em conseguir produto razoável para empacotar. ”Estamos garimpando a cada dia” – afirmam os compradores desanimados.

Se a dificuldade é crescente em comprar, certamente vender não é diferente. Ainda permanecem os valores entre R$ 140/145 em São Paulo. Como em Minas Gerais acontecem colheitas de algumas lavouras para aquele estado, não têm ocorrido negócios nos últimos dias.

Por: Marcelo E. Lüders
Fonte: IBRAFE

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