Trata-se da principal obra da Rota Bioceânica, que vai integrar por rodovia o comércio, a cultura e o turismo de quatro países: Brasil, Paraguai, Argentina e Chile
Otimismo e expectativas marcam lançamento das obras de ponte que vai viabilizar a Rota Bioceânica. Principal obra do projeto, a ponte entre Porto Murtinho (MS) e Carmelo Peralta (PY) teve a pedra fundamental lançada. A Ponte Bioceânica terá um comprimento de 680 metros, duas pistas de rolagem de veículos de passeio e caminhões, com 12,5 metros de largura, e duas passagens nas laterais, com 2,5 metros cada uma, para o trânsito de pedestres e ciclistas.
A obra será feita pelo consórcio Paraguai-Brasil, composto por empresas brasileiras e paraguaias. O valor contratado é de 616.386.755,744 guaranis, o que equivale a quase meio bilhão de reais, a serem pagos pela Itaipu Binacional. As empresas vencedoras terão quase três anos para concluir o empreendimento.
“Para nós é uma alegria ver esse projeto se tornando realidade. Sonho antigo dos brasileiros e paraguaios, a construção dessa ponte vai definitivamente integrar nossos países, diminuindo distâncias para nossas exportações e importações com o mercado asiático. É, sem dúvidas, um grande projeto para o desenvolvimento de Mato Grosso do Sul, sobretudo de Porto Murtinho”, ressalta Reinaldo Azambuja, governador do Estado.
De acordo com o Ministério de Obras Públicas e Comunicações (MOPC), do Paraguai, o Corredor Rodoviário Bioceânico naquele país está 93% concluído, com 216 quilômetros de rodovias asfaltadas e sinalizadas. Ao longo de todo o trajeto no Paraguai foram construídas 14 passagens de animais – estruturas colocadas em diferentes pontos do corredor para que as várias espécies de mamíferos vertebrados de pequeno, médio e grande porte possam passar de um lado a outro da pista com segurança.
rota vai possibilitar uma melhor comercialização dos produtos brasileiros
Quando estiver pronta, a Rota Bioceânica vai encurtar a distância percorrida pelos produtos brasileiros rumo ao mercado asiático, integrar Brasil, Paraguai, Argentina e Chile e transformar Mato Grosso do Sul em um hub logístico, um centro de distribuição de mercadorias.
O engenheiro e assessor especial da Itaipu, Panfilo Benitez Estigarriba, afirmou que a obra é muito importante para o Brasil e Paraguai. “São 1300 metros de extensão de ponte, com ciclovia e até estrutura especial anti-suicídio, com 22 metros sobre o Rio Paraguai, que não vai atrapalhar a navegação e trará progresso a todos”.
João Carlos Parkinson, coordenador nacional dos Corredores Rodoviário e Ferroviário Bioceanicos da Secretaria de Negociações Bilaterais e Regionais nas Américas, lembrou que este momento foi o resultado de muito trabalho, que passaram por dificuldades e que agora é uma realidade. “Finalmente se rompe com o isolamento e assim oferece melhores condições a toda região. Início de uma nova era, que vai exigir preparação e qualificação da mão de obra local, para atender as demandas deste mercado de trabalho”.