A história por trás do frigorífico Rio Beef, de Ji-Paraná, é a de falta de respeito da empresa quanto ao pagamento de dívidas atrasadas desde novembro do ano passado.
As informações divulgadas com exclusividade pelo Compre Rural, são de um verdadeiro desrespeito com a classe de pecuaristas de Rondônia que, precisam agora lutar para receber o dinheiro da venda dos seus animais. Os pecuaristas, que têm mais de 70 milhões de reais para receber, estão protestando a três dias, em frente a uma das empresas do Ex-Sócio, Antônio Carlos Faitarone, o Caio, como é conhecido. Segundo os pecuaristas, foi ele, na época, que garantia verbalmente toda a compra do gado do Rio Beef. Veja abaixo!
A história por trás do frigorífico Rio Beef, de Ji-Paraná, é a de falta de respeito da empresa quanto ao pagamento de dívidas atrasadas desde novembro do ano passado. Os representantes da empresa tentaram, durante o mês de janeiro, após terem seus nomes expostos em reportagem do Portal, realizar uma reunião que visava criar um novo cronograma de pagamentos, com a promessa de compra de gado para realizar o giro do caixa e, com isso, ir quitando as parcelas antigas.
Entretanto, essa jogada também foi usada em Nova Xavantina, pelo mesmo investidor e dono da operação, o conhecido “Lucas Zanchetta”. O New Beef, findou suas operações na cidade e deixou os pecuaristas com uma dívida superior a 100 milhões de reais. Ressaltando que, durante a reunião em Rondônia, ele chegou a “zombar” dizendo que o valor da dívida era pequeno para ele.
Mesmo assim, solicitou aos pecuaristas que acreditassem e voltassem a comercializar o gado para seus estabelecimento. Assim sendo, após a compra de alguns lotes com a promessa de pagamento à vista, pecuaristas tiveram que ir até o frigorífico e tirar seus lotes da linha de abate, pois o pagamento prometido não havia sido feito.
Vamos relembrar e entender a luta dos pecuaristas
Existe pecuarista que, segundo as informações, venderam mais de 20 cargas fechadas para a indústria e não receberam nada ainda, uma dívida que se arrasta desde novembro de 2021. A outros em que a dívida ultrapassa cerca de R$ 5 milhões. Outro, foi obrigado a devolver os bezerros que havia comprado a prazo, com pagamento que seria feito na data em que o frigorífico lhe pagaria os bois negociados para abate.
O RioBeef é uma empresa que nasceu em 2019, visando sanar uma lacuna de mercado ocorrida nesse mesmo ano na cidade de Ji-Paraná, na Região central do Estado de Rondônia. Segundo os produtores local, uma nova sociedade foi criada com o grupo Ozfrig, visando trazer mudanças positivas para a região, mas não foi o que aconteceu na prática.
“No RioBeef o produtor será valorizado pelo seu trabalho, recebendo justamente pelo seu papel desempenhado.” Essa era uma frase que está no site da empresa, mas infelizmente diversas são as dívidas criadas que, segundo a estimativa, já soma mais de R$ 70.000.000,00 em cargas negociadas.
Infelizmente diversas são as dívidas criadas que, segundo a estimativa, já soma mais de R$ 70.000.000,00 em cargas negociadas.
Veja o vídeo do lançamento e os prazos de renegociação das dívidas que foi obtido pela nossa equipe:
Protestos
Os pecuaristas protestam a cerca de três dias, em frente a uma das empresas do Caio, que era sócio do Rio-Beef na época das compras destes lotes. “Já estamos 3 dias fazendo manifestação em frente empresa, esperando para obter alguma resposta do Caio, Ex-Sócio do Rio Beef. Foi ele na época que garantia verbalmente toda compra do gado, mas assim que começou o problema ele tirou o corpo”, relatou um pecuarista que participa da manifestação.
Assim como o pecuarista que deu o depoimento acima, eles preferem não se identificar por tem “medo” de como podem sofrer a retaliação por parte dos envolvidos nas operações do frigorífico. A nossa redação tentou contato com o Caio que negou as informações. Segundo ele, o seu setor jurídico irá se manifestar e encaminhar as informações necessárias para provar que ele não está ligado a essa situação, conforme contrato de venda da sua parte na operação.
Imagem do protesto
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Os pecuaristas estão se unindo, correndo atrás da cobrança desses dividendos que, segundo as informações, estão atrasados desde novembro de 2021 e, além disso, mesmo após a renegociação os prazos não foram cumpridos em janeiro deste ano.
Infelizmente o prejuízo é gigante para a região e para os pecuaristas. Além disso, os funcionários estão em “férias coletivas”, já que a indústria alegou que não há gado gordo na região para que a indústria volte a operar neste momento.