Produtores rurais de todo país pretendem parar Brasília no próximo dia 4 de abril, durante o Manifesto Verde Amarelo, na Praça dos Três Poderes.
Eles vão protestar contra a cobrança retroativa do Funrural. Entre as mais recentes entidades a anunciar apoio o movimento estão a ABCZ (Associação Brasileira dos Criadores de Zebu) e a Associação Brasileira de Frigoríficos (ABRAFRIGO), representante dos pequenos e médios frigoríficos.
Embora o presidente Michel Temer tenha sancionado no mês passado a lei – aprovada pelo Congresso Nacional – que prevê o parcelamento das dívidas do Funrural, com prazo de adesão até 30 de abril, os produtores argumentam que isso representaria assumir um passivo que não tinham antes. Eles lembram que o próprio STF havia declarado a cobrança inconstitucional em 2010, mas mudou de entendimento em 2017 e considerou-a constitucional, criando “insegurança jurídica”.
Vídeo divulgado pela ABCZ em apoio à manifestação:
“O objetivo da manifestação é dar voz ao produtor rural contra as mazelas e pressões trabalhistas, ambientais, indígenas e contra o direito de propriedade, que recebe diariamente”, diz uma liderança do setor, que prefere não se identificar. Um dos principais focos da manifestação do dia 4, acrescenta, é a luta contra a cobrança retroativa do Funrural.
A agropecuária é discriminada, mesmo com bom desempenho, assinala a liderança. O agro, observa, é uma das cadeias produtivas que mais contribuem para a geração de emprego e renda e o desenvolvimento regional. E as exportações agropecuárias crescentes, ressalta, têm garantido o superávit na balança comercial brasileira. No ano passado, completa, o setor cresceu 13%, permitindo o aumento de 1% no PIB e o fim da recessão.
Por isso, há insatisfação entre as entidades de produtores que estão organizando o movimento. Até o momento, pouco menos de 100 entidades, entre associações e sindicatos rurais, apóiam o movimento.
Fonte: Pecuária.com.br