Os preços do boi gordo, principalmente no mercado paulista, voltaram a reagir; Entretanto, os pecuaristas precisam, e buscam, a união para limitar a oferta de animais nas praças!
O mercado físico do boi gordo registrou preços pouco alterados nesta segunda-feira, 18, sendo que a praça paulista foi uma das que trouxe maior mudança nos preços. Como esperado, a semana iniciou com menor fluxo de negócios, já que a maior parte da indústria utilizou o dia para avaliar as vendas do fim de semana e definir as estratégias de compras da semana. Confira abaixo, o valor da arroba por região e, claro, se programe para vender melhor!
Um grande movimento entre os pecuaristas pelo país, destacando a importância da união da classe neste momento, tenta garantir que exista uma menor oferta de animais nas praças pecuárias pelo país. Outro ponto importante é o aumento dos volumes de carne bovina embarcada, o que tem garantido melhores margens para as indústrias que trabalham com a exportação.
A tendência, segundo alguns analistas, é que em alguns estados do Centro-Norte, ainda persista o movimento de pressão de queda nos preços ofertados, já que a posição ainda confortável das escalas de abate permite que os compradores testem o mercado.
Segundo a Scot Consultoria, as escalas de abate atendem, em média, cerca de 10 dias úteis, uma redução de 2 dias em relação ao fechamento da última sexta-feira. Com tal cenário, as indústrias acabaram ofertando mais, principalmente aquelas que buscam animais jovens que atendem o padrão exportação.
Na abertura da semana, o Indicador do Boi Gordo CEPEA, os preços tiveram um grande salto e valorização de 2,12% no acumulado do mês. Com isso, os preços saltaram de R$ 325,95/@ para o patamar de R$ 327,05/@ na praça paulista, deixando a arroba próxima dos R$ 330,00. O preço em dólar, segue acima dos US$ 60,00/@, confira o gráfico abaixo!
Segundo a Scot Consultoria, bovinos destinados à exportação estão sendo negociados entre R$ 315/@ e R$ 325,00/@. Segundo o pecuarista de Getulina/SP, o valor negociado de R$ 320,00/@ com pagamento no prazo de 30 dias e abate programado para o dia 02 de agosto, informou a Agrobrazil. Lembrando que, segundo a imagem abaixo, a bonificação pelo padrão exportação, o valor é de R$ 40,00/@.
No mercado interno, a vaca gorda por R$282,00/@ e a novilha gorda por R$304,00/@, preços brutos e a prazo. A negociação de bois a termo – modalidade na qual a indústria “encomenda” ao pecuarista determinado número de bovinos para entrega num prazo combinado e com valor prefixado no mercado futuro do boi gordo na B3 – parece ter mudado este ano em relação a anteriores, comentam fontes do mercado.
O comentarista da Agência Safras, afirma que já a partir de agosto o mercado contará com novos elementos de alta, a começar pelo aquecimento da demanda doméstica, com o Dia dos Pais atuando como motivador do consumo de carnes em todo o país.
Já na B3, após diversos dias com a maioria dos contratos em desvalorização o movimento se inverteu e o vencimento para jul/22 encerrou o pregão cotado a R$ 323,05/@, com variação diária de 1,03%, disse a Agrifatto.
Exportações de carne bovina
Segundo divulgado pela Agrifatto, em seu relatório diário, durante os primeiros 11 dias úteis de julho foram exportadas 89,12 mil toneladas de carne bovina in natura, sendo que cerca de 45,27 mil toneladas foram embarcadas somente durante a última semana, resultando em uma média de 8,10 mil t/dia, um avanço de 10,84% em relação à média da semana anterior e de 7,69% em relação ao volume diário embarcado em julho de 2021. Com esses números, a perspectiva é de que as exportações continuem próxima dos recordes históricos mensais em jul/22.
Giro do boi gordo pelo país, segundo Agência Safras
- Em São Paulo (SP), a referência para a arroba do boi continuou a R$ 316.
- Em Dourados (MS), os preços subiram em R$5 chegando a R$296.
- Em Cuiabá (MT) a arroba de boi gordo teve preço de R$ 291.
- Em Uberaba (MG), os preços continuam a R$ 300.
- Em Goiânia (GO), os preços também permaneceram a R$ 295 a arroba.
Carne bovina no atacado
O mercado atacadista também voltou a operar com preços em queda. Segundo Iglesias, o ambiente de negócios volta a sugerir pela continuidade deste movimento no curto prazo, em linha com uma reposição mais lenta entre atacado e varejo durante a segunda quinzena do mês.
- Sítio Pedrão e Sitío Campo Azul vencem Coffee of the Year Brasil2024
- Instabilidade no tempo marca os próximos dias no Estado
- Jeff Bezos investe R$ 44 milhões em vacina para reduzir metano do gado
- Abiove projeta produção recorde de soja em 2025
- Brangus repudia veto do Carrefour à carne do Mercosul
Além disso, o especialista ainda diz que a demanda na primeira quinzena de agosto terá capacidade para promover uma recuperação dos preços da carne bovina.
Dessa maneira, o quarto dianteiro do boi caiu para R$ 17,30, assim como a ponta de agulha caiu a R$ 17,10. Por fim, o quarto traseiro do boi permaneceu com preço de R$ 22,35 por quilo.