Era esperado uma atuação mais intensa dos frigoríficos na aquisição do boi gordo, o que acabou não acontecendo
O que poderia ser o melhor período do mês para os negócios com carne bovina considerando a movimentação mais intensa causada pelas celebrações familiares de Páscoa e necessidade de reposição e um consumidor capitalizado financeiramente, começou de maneira negativa nos negócios realizados junto aos pecuaristas
Era esperado uma atuação mais intensa dos frigoríficos na aquisição do boi gordo que proporcionasse aos pecuaristas a oportunidade de disputar melhores condições de comercialização, o que acabou não acontecendo. Com isso, os negócios que foram efetivados na abertura da semana apresentaram retração.
O resultado da nova baixa – 1ª da semana, 3ª do mês – foi um preço médio que apresentou queda de 3,7% em relação a abertura do mês, 1% de incremento sobre o recebido no mesmo período do mês anterior e queda expressiva de 17,7% em comparação com o mesmo dia do ano passado.
Preços de ontem, terça-feira (11)
Nessa terça-feira, no mercado físico do boi gordo, todas as praças monitoradas mantiveram os preços laterais, em São Paulo, o boi comum continua valendo R$ 270,00/@, e o “boi China”, R$ 290,00/@, co escalas na média de doze dias úteis. Na B3, o contrato vigente fechou o dia em R$ 283,80/@, registrando uma queda de 0,60%.
No atacado paulista, após registrar um bom fluxo de distribuições no final de semana, o cenário parece dar sinais de mudança ao longo da semana. Ontem, a ponta consumidora afrouxou resultando em um baixo escoamento, o qual até o momento não acarretou em queda nos preços porém, os distribuidores se encontram abastecidos até a próxima sexta-feira, dia 14/04, e poderão pressionar preços no final dessa semana.
Frigoríficos buscam preços mais baixos
- Frigoríficos estão tentando comprar abaixo da referência média na Região Sudeste e em Goiás
- Oferta avolumada de animais para abate permite que frigoríficos operem com escalas confortáveis
- Mercado na Região Norte ainda está acomodado, mas tendência de queda é esperada com aumento da oferta
- Índices pluviométricos tendem a diminuir em maio, o que pode afetar a qualidade do pasto e reduzir a capacidade de retenção do pecuarista
- Valorização do real amplia pressão de queda sobre o mercado por parte dos frigoríficos exportadores
- Referência para a arroba do boi ficou em R$ 281 em São Paulo, R$ 274 em Dourados (MS), R$ 253 em Cuiabá, R$ 260 em Goiânia e R$ 280 em Uberaba
Boi no atacado
- Mercado atacadista apresentou preços acomodados, com menor propensão a reajustes durante a segunda metade de abril
- Competitividade das proteínas concorrentes tem peso na formação dos preços no atacado e no varejo
- Preços no atacado: quarto traseiro a R$ 20,35, quarto dianteiro a R$ 14,40 e ponta de agulha a R$ 14,50 por quilo.
Com informações do Safras & Mercado e Agrifatto
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