Pecuarista mira R$ 320/@ com disparada da arroba

Frigoríficos já começam a sentir a lacuna na oferta de boiada pronta para abate e “disputa” pela matéria-prima já traz novo viés de alta para arroba!

O mercado físico de boi gordo registrou preços predominantemente mais altos nesta quarta-feira, 19. Frigoríficos de algumas regiões ainda sinalizam para algum conforto em suas escalas de abate, mas já se definiu uma nova lacuna na oferta de animais e, com isso, os pecuaristas já miram a arroba a R$ 320,00 diante do retorno do movimento de alta!

Já não é evidenciada pressão de queda, pelo contrário, já há indícios de reajustes em algumas praças, principalmente no que diz respeito a animais que cumprem os requisitos de exportação, com grande destaque para as praças de Mato Grosso e São Paulo.

Segundo a Scot Consultoria, os preços se mantiveram estáveis na maior parte das praças com o boi, vaca e novilha gordos que estão apregoados, respectivamente, em R$306,00/@, R$283,00/@ e R$298,00/@, preços brutos e a prazo.

Como citado anteriormente, para bovinos que atendem o mercado externo o ágio chega a R$10,00/@, a depender do lote e proximidade das indústrias. Os preços já voltaram ao patamar de R$ 315,00/@ na praça paulista, conforme apontado pelo app da Agrobrazil. Confira a imagem abaixo!

Em São Paulo, o valor médio para o animal terminado chegou a R$ 305,74@, na quarta-feira (19/05), conforme dados informados no aplicativo da Agrobrazil. Já a praça de Goiás teve média de R$ 287,65/@, seguido por Mato Grosso Sul com valor de R$ 297,04/@.

Já o Indicador do Cepea voltou a ter grande valorização, na casa de 2,82%, fazendo com que os preços tivessem um salto de R$ 306,55/@ para o patamar de R$ 309,35/@. A tendência é que o indicador volte a apresentar recorde no curto prazo!

Na avaliação da IHS Markit, a oferta de animais terminados mostra cada vez mais sinais de restrições, esboçando a possibilidade de retorno de uma nova tendência de alta da arroba, processo já consolidado nos contratos futuros na B3.

Na B3, a curva de contratos futuros do boi gordo teve comportamento misto com as pontas curtas e longas recuando e o meio da curva avançando. O vencimento para maio passou de R$ 310,95 para R$ 310,30, o para junho foi de R$ 321,55 para R$ 321,70, do julho, de R$ 327,90 para R$ 329,40, e o para outubro passou de R$ 340,70 para R$ 340,60 por arroba.

Outro relevante foco de atenção está nas exportações de carne bovina, com mudanças relevantes no mercado internacional, “avaliando a medida adotada pela Argentina, optando pelo autoexílio, pontua o analista.

Isso porque, segundo os analistas, o Brasil é o único grande exportador mundial capacitado atualmente para preencher a lacuna deixada no mercado internacional pelo país vizinho – sobretudo no mercado da China, um grande cliente da carne produzida nos países da América do Sul.

Giro do Boi Gordo pelo Brasil

  • Em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 305, ante R$ 304 a arroba na terça.
  • Em Goiânia (GO), a arroba teve preço de R$ 290, estável.
  • Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 297, ante R$ 294.
  • Em Cuiabá, o boi gordo foi negociado por R$ 300, contra R$ 301.
  • Em Uberaba, Minas Gerais, preços a R$ 300 a arroba, ante R$ 297.

Atacado

No mercado atacadista, os preços da carne bovina seguem acomodados. Conforme Iglesias, o ambiente de negócios sugere por menor espaço para reajustes durante a segunda quinzena do mês, em linha com o menor apelo ao consumo durante o período.

“Para a virada de mês a expectativa é de mudança da dinâmica, avaliando o maior apelo ao consumo com a entrada dos salários na economia. Importante ressaltar também que a carne de frango segue com a predileção do consumidor médio, avaliando o lento processo de retomada da atividade econômica”, diz Iglesias.

Com isso, o corte traseiro teve preço de R$ 20,35 o quilo, estável. O corte dianteiro teve preço de R$ 17,20 o quilo, assim como a ponta de agulha.

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