Pecuarista intensifica boi no cocho e valor pode bater R$ 330/@

Diante das altos nos custos de produção do terminador – reposição e insumos – a estratégia de antecipar o confinamento é uma boa opção, tendo em vista preço da arroba!

O frio e o período de seca já sinalizam a chegada dos primeiros lotes de gado para confinamento, estratégia que tem se mostrado lucrativa nos últimos anos. Mesmo com os preços elevados do milho, principal insumo utilizado na ração dos animais, a atividade pode compensar diante da alta na cotação do boi.

Espera-se, segundo dados que começam a ser levantados, que o país deve ter um menor número de animais confinados neste ano, comparado ao ano anterior, tendo em vista os atuais custos de produção e a menor oferta de animais para reposição.

Entretanto, iremos observar uma grande mudança no cenário do confinamento neste ano. Aqueles pecuaristas maiores, que realizam um planejamento estratégico e uma gestão de compra de insumos, terão melhores margens e já começaram a intensificar os animais no cocho.

Aqueles pecuaristas da recria e ou terminação a pasto, já começam a disponibilizar esse ” boi magro” nas praças para os “gigantes da pecuária”. Outra opção que temos visto crescendo no país, para essas categorias, é a utilização do BOITEL, prática que auxilia na terminação dos lotes.

Em relação à alta no preço das commodities e da arroba do boi, o sócio da Radar Investimentos, Douglas Coelho, afirma que é a pior relação de troca em 12 meses. “A gente vê não só o boi, mas o milho, trigo e café num patamar relativamente alto. Hoje temos a pior relação de troca dos últimos meses”, diz.

Por conta da alta nos preços dos insumos, o pecuarista antecipou o confinamento do gado. “Quando a gente vê o cenário como um todo, a questão da seca e das commodities anteciparam o confinamento. Os animais de pasto foram concentrados em grandes confinadores e é possível, sim, dizer que houve uma concentração”, adiciona.

Por conta da alta nos preços dos insumos, o pecuarista antecipou o confinamento do gado.

E com a possibilidade de quebra na safrinha do milho, a relação de custo pode ficar ainda pior. “O mercado está todo voltado aos riscos climáticos, não só o Brasil, mas os Estados Unidos também, e isso reflete na Bolsa de Chicago, que segue registrando novas altas a cada dia. O mercado terá mais dias de estresse até ter a sensibilidade do tamanho da safrinha do Brasil”, completa.

O cenário atual é de preços firmes ao longo deste ano. A safra chegou, mas não deve ser grande, já que a oferta de animais prontos para abate oriundos do pasto é baixa. Com o aumento da demanda externa e a perspectiva de avanço da economia ao longo do ano pode trazer preços acima de R$ 330/@ no final do ano, assim como mostra o mercado futuro!

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