Apesar da menor demanda no mercado interno, com dificuldade no escoamento da produção, as indústrias não conseguem derrubar os preços da arroba no campo!
O cenário no mercado físico do boi gordo registrou preços predominantemente estáveis em mais um dia de negociações, em todas as praças pecuárias pelo país a pressão das indústrias limita o ritmo das negociações. O produtor rural, neste momento, aproveita a boa disponibilidade de pasto para segurar a pouca oferta de animais para abate, aguardando a virada do mês e, com isso, as tentativas de negociações abaixo das referências são ignoradas pelos pecuaristas.
Em ano de arroba histórica, o volume financeiro de contratos futuros do boi gordo na bolsa de valores B3 movimentou R$ 65,1 bilhões em 2021 com opções de compra e venda. O valor é 56,5% maior em comparação a 2020 e o maior na última década. Os dados de negociações fazem parte da consolidação da movimentação de ativos da B3 no ano passado.
Sem muitas expectativas para o escoamento no mercado interno, e escalas já programadas para o restante do mês, as cotações permaneceram estáveis nas praças paulistas, apontou a Scot Consultoria. As referências do boi, vaca e novilha gordos são, respectivamente, R$337,00/@, R$308,00/@ e R$326,00/@, preços brutos e a prazo.
O preço do Indicador do Boi Gordo/CEPEA, trouxe uma alta de 0,97%. Sendo assim, os preços da arroba do boi gordo na média paulista saltaram de R$ 333,95/@ para o valor de R$ 337,20/@, com isso o boi gordo acumula uma alta positiva neste mês de 0,21%. Confira o gráfico abaixo!
Os negócios com o ‘’boi china’’ estão firmes entre R$340,00/@ e R$350,00/@. Segundo o app da Agrobrazil, os pecuaristas tem informado um menor volume de negociações concretizadas, desde o início desta semana, mostrando um mercado truncado entre as partes.
Sendo assim, em São Paulo, o valor médio para o animal terminado apresentou uma média geral a R$ 334,49/@, na quarta-feira (19/01), conforme dados informados no aplicativo da Agrobrazil. Já a praça de Goiás teve média de R$ 334,06/@, seguido por Mato Grosso Sul com valor de R$ 316,58@. E em Mato Grosso, a média fechou cotada a R$ 334,63/@.
Os negócios no mercado brasileiro do boi gordo continuaram em ritmo lento nesta quarta-feira, 19 de janeiro, refletindo o baixo escoamento da carne bovina no atacado/varejo, além da menor oferta se animais terminados e o avanço nas escalas de abate dos frigoríficos.
A maior procura por animais padrão exportação (abatidos mais jovens, com idade inferior a 30 meses) deve contribuir para a manutenção dos preços da arroba nos patamares atuais, evitando, assim, pressões baixistas se maior intensidade.
O maior ponto de atenção para os frigoríficos neste momento parece ser o quadro de colaboradores, com um elevado número de infectados nas plantas, as unidades frigoríficas reduzem sua capacidade de abate e postergam os abates e com isso as escalas ficam em níveis mais confortáveis. Ainda assim, o preço do boi gordo não perde firmeza.
Mercado Futuro
Na B3, o contrato futuro do boi gordo com vencimento para jan/22, encerrou o dia cotado a R$ 338,50/@.
Contratos futuros de boi gordo movimentam R$ 65 bilhões em 2021. O resultado é o maior na última década e foi impulsionado pela valorização da arroba, que no ano passado registrou cotação média de R$ 306,87/@ na B3.
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O principal item que provocou este salto histórico foi a valorização da arroba do boi. A média do valor da arroba por contratos negociados (compra e venda) ficou em R$ 306,9/@ em 2021, o que representou um crescimento de 32,7% em comparação com 2020 e 3,1 vezes mais diante da média da arroba em 2012.
Atacado
No mercado atacadista de carne bovina, o ritmo de venda permaneceu lento, assim como observado na semana anterior. A carcaça casada bovina segue cotada a R$ 20,50/kg, porém, com o menor volume de negócios e a oferta disponibilizada da demanda interna, a tentativa dos distribuidores por reajuste negativo deve acontecer até o fim da semana, os frigoríficos buscaram manter o patamar atual.